Eliminação na Série C aumenta a pressão em cima do presidente Diógenes Braga
Diógenes Braga foi eleito com 76% dos votos válidos em dezembro de 2021 (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)
No seu segundo ano de gestão, o mandatário sequer conseguiu deixar o clube na mesma divisão na qual estava quando ele assumiu em 2022, na Segunda Divisão
A eliminação do Náutico da Série C do Campeonato Brasileiro, após o empate por 2 a 2 com o São Bernardo no último sábado (26), nos Aflitos, aumenta a pressão sobre o presidente Diógenes Braga. No seu segundo ano de gestão, ele sequer conseguiu deixar o clube na mesma divisão na qual estava quando ele assumiu em 2022, ou seja, a Segunda Divisão.
A permanência na Terceira Divisão vai fazer o clima ficar ainda mais acirrado para a eleição presidencial no fim deste ano. Diógenes foi eleito com 76% dos votos válidos em dezembro de 2021. Ele venceu o pleito contra os opositores Plínio Alburquerque e Bruno Becker. Nos próximos meses, muita movimentação vai acontecer nas costuras políticas do clube.
Diógenes Braga, no entanto, está na gestão do Náutico há mais tempo, desde 2018. Ele foi vice-executivo do presidente Edno Melo, quando também acumulou o cargo de vice de futebol.
A gestão fez muito sucesso e teve grande apoio da torcida, pois o Náutico voltou a mandar seus jogos nos Aflitos, após longo período utilizando a Arena de Pernambuco. Dentro de campo, o time foi campeão pernambucano em 2018 em cima do Central, quebrando um jejum de 13 anos sem o título. Na Série C, o Alvirrubro foi eliminado no mata-mata, diante do Bragantino.
Porém, em 2019, o Náutico conseguiu o acesso para a Série B, em um jogo alucinante contra o Paysandu, com empate por 2 a 2 e triunfo do Timbu nos pênaltis por 5 a 3. O Náutico seria o campeão, batendo o Sampaio Corrêa na decisão.
A ambição passou a ser chegar à Primeira Divisão, sonho que parecia que se concretizaria em 2021, sob comando de Hélio dos Anjos, que já tinha sido campeão pernambucano em cima do Sport - de quem o Alvirrubro não ganhava uma decisão desde 1968. Mas após um início fulminante na Série B, problemas de relacionamento foram desgastando o trabalho. Hélio deixou o clube, mas voltaria no final do ano. Porém, não conseguiu levar o time à elite.
Mas em 2022, o rebaixamento para a Série C não foi evitado. Foi um reflexo, na verdade, de muitos erros na condução do futebol. Foram muitos jogadores contratados e, pasmem: cinco treinadores passaram pelo clube: Hélio dos Anjos, Felipe Conceição, Roberto Fernandes, Elano e Dado Cavalcanti. O Timbu foi o lanterna da competição.
Este ano, com menos recursos, a aposta era montar um time competitivo para voltar a Segunda Divisão Nacional. Porém, erros semelhantes foram cometidos. Foram três técnicos: Dado Cavalcanti, Fernando Marchiori e Bruno Pivetti, que fez contra o São Bernardo apenas seu segundo jogo à frente do Timbu.
Sem futebol até 2024, o clube vai tentar agora se organizar para trilhar um caminho melhor no ano que vem. Dentro e fora de campo.
Marcos Leandro
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