Diretor de futebol do Náutico lamenta eliminação e analisa fracasso: 'Poderia ter feito coisas diferentes'
Rodolpho Moreira se pronunciou após a eliminação na primeira fase da Série C do Brasileiro
Após empatar em 2 a 2 contra o São Bernardo, o Náutico encerrou a primeira fase da Série C do Campeonato Brasileiro fora da zona de classificação e teve a eliminação precoce confirmada. Em momento onde o treinador costuma ser o “porta-voz” do clube, o diretor de futebol do Náutico, Rodolpho Moreira, decidiu assumir a responsabilidade por ter mais tempo de casa que o técnico Bruno Pivetti - com apenas dois jogos pelo Timbu -, e lamentou o “adeus prematuro” na Terceira Divisão.
“Eu entendo que o sentimento do torcedor é mais do que legítimo pela necessidade, o momento do futebol, além disso, pelo tamanho do Náutico dentro de uma Série C. A gente olha da mesma forma (do torcedor); com uma insatisfação imensa e um nível de vergonha absurdo por não ter conseguido classificar para o quadrangular (da Série C). Foi uma competição nivelada, mas a gente poderia ter feito algumas coisas diferentes para que houvesse um nível de tranquilidade nas rodadas finais”, iniciou.
“O erro começa quando a gente chega no último jogo de uma competição de dezenove rodadas em que você tem a camisa que você tem, e chega correndo o risco de não classificar. Mas o nosso sentimento é o mesmo. É de frustração, misturada com vergonha e uma indignação por algumas situações que fogem do nosso controle, mas que a gente assume a responsabilidade”, completou.
Analisando o fracasso do Náutico na Terceirona, Rodolpho Moreira acredita que, apesar de ter sido prudente em relação à realidade do Timbu, o clube teve seus acertos no mercado no início da temporada, quando a urgência era maior, mas pecou nas escolhas num momento onde existia a possibilidade de uma maior cautela nos reforços.
“Acredito que a gente tenha feito o mais difícil, que é ter sido mais assertivo no começo do ano, entrando no mercado já bem aquecido. A gente começou o ano colhendo resultados, e eles deixaram de vir. A gente tentou manter ao máximo o respeito pelo momento do clube, de recuperação judicial e de só poder fazer aquilo que de fato o clube conseguiria honrar e isso foi honrado do começo até esse momento final”, avaliou.
Ainda no que tange reforços, a eliminação precoce na Série C deixa o Náutico com reforços que realizaram pouquíssimos jogos e até mesmo nomes que sequer jogaram desde que chegaram aos Aflitos, caso dos meias Yago Ferreira e Alexandre Tam, e semelhante ao do zagueiro Joécio, que possui apenas um minuto em campo pelo Timbu.
“A situação do Yago (Ferreira) veio muito mais de uma condição do Fluminense ter nos oferecido. A gente colocou ele dentro desse processo para talvez fazer parte disso e surpreender, mas ele não veio com a perspectiva de jogar. O Alexandre (Tam) veio na perspectiva da negociação do Joécio, como uma condição para o negócio acontecer. O próprio Joécio não teve tanta oportunidade dentro de campo, mas aí foi por uma questão de opção técnica mesmo”, justificou.
“Eram pedidos que a gente acabou atendendo e acabou assim, no número 33 contratações ao longo do ano. Quando você pensa que a gente tinha apenas Victor Ferraz, Souza e Júlio de remanescentes, não é um número tão grande para a montagem de um elenco, mas sem dúvidas foram cometidos erros. A gente não tinha a pretensão de ser tão assertivos dentro da pressa para se montar um elenco do zero, o que eu acho que fica como reflexão é que a gente conseguiu ser mais assertivo no momento de mais urgência e errou mais quando havia uma margem maior de paciência e de pontualidade”, concluiu.
A saída prematura da Terceira Divisão deixa o Náutico sem jogos para o restante da atual temporada. Sendo assim, o Timbu só deve voltar a campo na primeira semana do mês de janeiro, quando dá início ao Campeonato Pernambucano de 2024.
Gabryel Alexandre
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