Rodoviários chegam a acordo de reajuste de 4% lineares e greve dos rodoviários na RMR chega ao fim
Decisão foi tomada em reunião com a classe patronal no TRT-6
Chega ao fim a greve dos rodoviários na Região Metropolitana do Recife. O dissídio coletivo dos rodoviários foi resolvido nesta segunda-feira (31), após seis dias de paralisação.
A reunião da categoria com o patronato (Urbana-PE) aconteceu na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região, na área central da capital pernambucana. A proposta foi um reajuste linear de 4%, ou seja, no salário, ticket refeição e gratificação.
A proposta de conciliação conjunta, do Ministério Público de Pernambuco e do TRT-6 com as duas partes (Urbana-PE e a classe trabalhadora), acontece após três tentativas de negociação sem sucesso. Com isso, não houve a necessidade de um julgamento para decidir o fim da greve.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, explicou que o que ficou acordado entre as partes foi o reajuste linear para todas as cláusulas de origem remuneratória.
"O reajuste será de 4%, além disso 70% dos dias de greve serão abonados. Ou seja, quatro dias serão abonados e dois dias as empresas terão até 90 dias para fazer a compensação das horas extras ou horas complementares", disse.
Normalidade às 14h
A circulação dos coletivos deve começar a retornar à normalidade a partir das 14h. "O sindicato vai orientar toda a categoria a voltar aos seus postos de trabalho", completou Aldo Lima, que reforçou: "Deixando claro que essa greve aconteceu por conta da intransigência da Urbana, sempre estivemos abertos a negociar".
O desembargador Sérgio Torres Teixeira contou detalhes do acordo fechado nesta segunda.
“A consensualidade aqui se destacou. Nos meus 32 anos de magistratura, eu nunca vi um acordo tão coletivamente construído como o que foi feito aqui nesta manhã”, explicou.
Fernando Bandeira, presidente da Urbana-PE, considera que esta decisão tomada hoje foi a saída mais viável para que o serviço fosse retomado o mais rápido possível.
"Eu agradeço a todas as pessoas [que participaram da negociação]. O importante é que agora, a partir das 14h, é vida normal e vamos em frente", comentou.
Por Thalis Araújo
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