TSE torna Bolsonaro inelegível, após voto de Cármen Lúcia
Os quatro ministros que condenaram foram nomeados por Lula
O voto da ministra Cármen Lúcia garantiu, nesta sexta-feira (30), a decisão da maioria no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que torna inelegível, por oito anos, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).
Com placar de 4 votos a 1, o TSE forma maioria pela perda dos direitos políticos do rival de Lula (PT), por suposto abuso de poder na reunião com embaixadores, no Palácio da Alvorada, quando criticou o sistema eletrônico de votação.
Tem sido um dos julgamentos mais marcados pela questão política. Os quatro ministros que votaram contra Bolsonaro foram nomeados por Lula, assim como o único a votar em favor de Bolsonaro foi nomeado pelo ex-presidente.
Em sua terceira sessão, a votação prossegue com a exposição dos últimos votos dos ministros Nunes Marques e Alexandre de Moraes, este presidente do TSE.
O voto de Cármen Lúcia acompanha a decisão do relator da ação de investigação judicial eleitoral proposta pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), ministro Benedito Gonçalves, que também obteve a concordância dos ministros Floriano de Azevedo Marques e André Ramos Tavares. O único voto a favor da absolvição de Jair Bolsonaro, até o momento foi do ministro Raul Araújo.
A Corte Eleitoral também decidiu, até agora por unanimidade, absolver o general Braga Netto, que foi vice na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022 e também foi acusado pelo PDT de abuso de poder.
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