Deputados acionam MPF e MPE contra Foro de São Paulo
De acordo Zambelli, a Lei dos Partidos proíbe que legendas brasileiras "recebam qualquer tipo de recurso internacional".
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse nesta quarta-feira (28), junto com o deputado federal coronel Meira (PL-PE), já abriram uma representação no Ministério Público Federal (MPF) e também no Ministério Público Eleitoral (MPE) contra o 26° encontro do Foro de São Paulo, que acontecerá entre quinta-feira (29) e domingo (2), no Hotel San Marco, na capital federal. O encontro juntará os representantes de diversos partidos políticos de esquerda da América Latina e do Caribe.
“A gente tem, por exemplo, os ditadores da Nicarágua, da Venezuela e de Cuba. Enfim, pessoas que defendem não só a ditadura, mas também outros que defendem que a América Latina se torne uma coisa só, que derrubem as fronteiras entre os países. Imaginem só uma mesma moeda e a gente desvalorizado por conta de todos esses países que estão quebrados, como a Venezuela e a Argentina”, disse Zambelli em vídeo. No pedido de representação, é requerida a suspensão do evento.
“Caso não se entenda pela suspensão integral de referido ato, que seja determinada a proibição de ingresso em território nacional de representantes do Partido Comunista de Cuba, Partido Socialista Unido da Venezuela e Frente Sandinista de Libertação Nacional da Nicarágua, ante o caráter antidemocrático de seus programas e ideais partidários”, afirma o documento. A deputada também propôs que o MPE suspenda o Arraiá do PT, evento de festa julina que foi organizado pelo partido neste sábado (1), em Brasília. Segundo a organização , o encontro “faz parte da campanha de arrecadação promovida pela Secretaria Nacional de Finanças do PT” e terá comidas típicas e atrações musicais. Os ingressos estão sendo vendidos nos valores de R$300, R$1 mil e R$5 mil.
De acordo Zambelli, a Lei dos Partidos proíbe que legendas brasileiras “recebam qualquer tipo de recurso internacional”. Por isso, a participação dos convidados no evento do Foro de São Paulo e na festa julina configura uma espécie de financiamento indireta.
“Está previsto um Arraiá do PT, no qual os partidos que vierem para cá, ou as pessoas de outros países, pagariam R$5 mil no ingresso. Existe a lei dos partidos que veda que partidos aqui do Brasil recebam qualquer tipo de recurso internacional. Se você faz um Arraiá do PT com pessoas vindo para cá e pagando R$5 mil no ingresso para poder dar isso para o PT, seja para custear o evento ou dar isso para o partido, isso fere a lei dos partidos”, finalizou a deputada Zambelli.
Isabella Soares
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