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terça-feira, 30 de maio de 2023

TEATRO DEPREDADO

Fechado há três anos, Teatro Valdemar de Oliveira sofre com invasões e furtos; veja fotos do espaço

Teatro Valdemar de Oliveira vive processo de depredação  - Foto: Cortesia/TAP


No ano passado, Secretaria de Cultura de Pernambuco chegou a iniciar as tratativas do processo de comodato do Teatro Valdemar de Oliveira ao Governo do Estado



Teatro Valdemar de Oliveira, que já foi cenário de grandes acontecimentos culturais no Recife, vive um processo acelerado de degradação. Fechado há três anos, o espaço localizado na Praça Oswaldo Cruz, no bairro da Boa Vista, se tornou alvo constante de arrombamentos, roubos e depredações. 

A mais recente invasão ao imóvel ocorreu no último final de semana, o que levou a administração do teatro a registrar um boletim de ocorrência nesta segunda-feira (29). Desta vez, foi levado um caminhão seguidor - equipamento de iluminação - e telhas de amianto, que podem ter sido retiradas para facilitar a entrada dos criminosos pelo teto. 

Os arrombamentos e furtos vêm se repetindo desde 2020, quando o Valdemar de Oliveira precisou parar de funcionar, em função da pandemia de Covid-19.  De lá para cá, somente a fiação do espaço já foi roubada dez vezes. A última ocorreu há cerca de 15 dias e, desde então, o sistema de segurança do teatro não funciona.

"Atualmente, o teatro é mantido por seus 22 associados. Não recebemos recursos de nenhum órgão público. Cansamos de repor o que é roubado. Não temos mais o que fazer. Já chegou ao ponto de arrancarem as tomadas para puxarem os fios, porque a fiação dos refletores e ar-condicionado já levaram", conta Thiana Santos, neta de Valdemar de Oliveira, fundador do equipamento cultural.

Troféus, ventiladores, bebedouros e outros itens pertencentes ao imóvel também foram furtados. Além disso, com as chuvas recentes e a retirada de telhas, parte do teto do teatro cedeu. A preocupação dos administradores é que a chegada do inverno agrave a atual situação de deterioração do equipamento cultural. 

Segundo Thiana, o objetivo dos associados é ceder o teatro para alguma entidade que queira reformá-lo e utilizá-lo como um centro de atividades culturais. "Todos queremos ver esse espaço, que é tão importante para a cidade, novamente vivo. Desejamos que ele sirva como escola, para a formação de atores e técnicos, e também como um museu que preserve a história do teatro pernambucano", aponta. 

No ano passado, a Secretaria de Cultura de Pernambuco chegou a iniciar um diálogo com o intuito firmar o comodato do Teatro Valdemar de Oliveira ao Governo do Estado. A proposta inicial era de que a administração do espaço passasse para o poder público por um prazo de 19 anos.

O comodato duraria até 2041, ano em que o Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP), grupo fundador do espaço, completa 100 anos de existência. Uma avaliação entre as partes envolvidas seria feita após esse período, para determinar se haveria continuidade no acordo.

Thiana conta que, após as mudanças na gestão estadual, decorrentes da eleição de Raquel Lyra (PSBD) como governadora, as tratativas para o comodato não haviam sido retomadas até então. No entanto, as conversas devem retornar em breve. "Hoje consegui falar com Silvério Pessoa [Secretário de Cultura], que me procurou após tomar conhecimento pela mídia da atual situação do Valdemar de Oliveira. Ficamos de sentar para conversar sobre o assunto", adianta. 

Por Portal Folha de Pernambuco

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