Quatro policiais são indiciados no caso de soldado que matou esposa grávida e dois colegas de farda
Após matar a esposa, o soldado Guilherme Barros foi ao seu batalhão e atirou contra outros policiais
A Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) informou, nesta quarta-feira (17), que quatro policiais da corporação foram indiciados nas investigações sobre o soldado Guilherme Barros. Ele matou a esposa grávida no Cabo de Santo Agostinho e depois atirou em quatro colegas - matando dois deles - no 19° Batalhão, no bairro do Pina, na Zona Sul do Recife, no dia 20 de dezembro de 2022.
Todos foram indiciados por prevaricação, que é quando um funcionário público dificulta ou falta com os deveres de seu cargo por interesses pessoais.
Além da prevaricação, um dos policiais indiciados também acumulou o indiciamento por fraude processual, e outro por omissão penalmente relevante.
Os policiais investigados continuarão no exercício de suas atividades enquanto o processo não for julgado.
Relembre o caso:
O PM Guilherme Barros matou sua esposa, que estava grávida, no Cabo de Santo Agostinho, no dia 20 de dezembro de 2022. Claudia Gleice da Silva morreu enquanto dormia e tinha planos de denunciar o esposo por violência no dia seguinte.
Logo após matar sua esposa, Guilherme pegou um carro de aplicativo até o seu trabalho, no 19º Batalhão da Polícia Militar (BPM), no bairro do Pina. Lá, ele atirou em quatro colegas antes de morrer, provavelmente, por suicídio. Dois policiais morreram e dois ficaram feridos após o ataque.
Enquanto seguia no carro de aplicativo, o policial teria enviado um áudio para sua mãe. Na mensagem, Guilherme pediu desculpas e disse ter cometido o crime por conta da separação do casal.
Confira a nota completa da PMPE:
A Polícia Militar informa que tomou conhecimento do resultado das investigações que, resultou no indiciamento de quatro policiais militares da Corporação. Dois deles por prevaricação, um deles por prevaricação e fraude processual e o quarto PM indiciado por prevaricação e omissão penalmente relevante. Os militares serão submetidos ao Conselho de Disciplina à luz do Direito Administrativo. À luz da Carta Federal de 88, eles têm o direito da ampla defesa e o contraditório e, enquanto não transitar em julgado os processos, tanto penal quanto administrativo, os policiais continuarão no exercício de suas atividades.
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