Com administrações desastrosas na Argentina, Chile e Peru a esquerda tem prazo de validade para se acabar na América Latina
A eleição de Lula no ano passado foi considerada a crista de uma segunda onda vermelha na América Latina, com a vitória de diversos políticos de esquerda: o colombiano Gustavo Petro, o boliviano Luis Arce Catacora, o chileno Gabriel Boric, o peruano Pedro Castillo e a hondurenha Xiomara Castro. Mas a maré já mudou, diz aCrusoé.
“Nas últimas duas eleições na região, a direita se saiu muito melhor. No Paraguai, o eleito foi Santiago Peña, do Partido Colorado, tradicional organização de direita. A Frente Guasú, do ex-presidente de esquerda Fernando Lugo, obteve apenas 2% dos votos, o que renderá apenas uma das 45 cadeiras do Senado. Lugo, que foi presidente entre 2008 e 2012, não conseguiu nem se reeleger na Casa.”
“No Chile, o grande vencedor foi o Partido Republicano, comandado por José Antonio Kast, da direita populista. Os chilenos votaram para formar um conselho constitucional, para escrever uma nova Carta, depois do naufrágio do projeto feito pela esquerda. Das 55 cadeiras do órgão que irá elaborar o novo texto, o Partido Republicano terá 22. Somados aos 11 da coalizão de centro-direita Chile Seguro, a direita terá 33 cadeiras, o que garantirá a maioria para decidir o que entra e o que fica de fora da nova Constituição. Kast ainda aparece à frente nas pesquisas para as próximas eleições presidenciais, com 20% das intenções de voto, seguido pelo nome da centro-direita, Evelyn Matthei, com 13%. Todos os demais candidatos não passam de 4%.”
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