Marina Silva pode cair fora
A extração de petróleo na foz do rio Amazonas já foi proibida por ela, através de um parecer do Ibama, mas Lula se mostrou favorável e parece ter fechado com a posição do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que defende a posição da Petrobras, responsável pelo projeto. “Não temos e não devemos ter dentro de um governo, dois ou três governos. Devemos ter um único governo”, afirma o ministro, que definiu o tema como “estratégico”.
E acrescenta: “Não consigo compreender não haver nas questões que Marina defende a posição do Ibama. No relatório feito por 10 técnicos do Ibama há uma avaliação ambiental estratégica. Uma avaliação dessa leva de dois a dois anos e meio. E a decisão do governo é que vamos fazer uma avaliação ambiental estratégica”, afirmou.
“O Ibama é que vai julgar. Às vezes a gente perde muito tempo com os atalhos e os atalhos não são bons em determinadas questões”, afirmou. “Eu compreendo, estou com 65 anos, comecei essa luta desde que eu nasci. Já apanhei igual a couro de pisar tabaco. Eu prefiro sofrer injustiça a praticar injustiça”, destacou.
Numa crítica à Petrobras, Marina falou que a empresa deveria não apenas explorar petróleo, mas também atuar no campo da geração de energia. Para ela, o Brasil não pode perder uma nova oportunidade de ser vanguarda na produção de energias renováveis.
Petrobras insiste
A Petrobras defende a exploração enquanto um parecer técnico do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) recomenda o indeferimento do pedido de licença ambiental feito pela companhia. Considerada como o “novo pré-sal”, a região constitui uma das cinco bacias da margem equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte e fica próxima à fronteira marítima com a Guiana Francesa. O que está em jogo agora, na prática, é uma licença para perfuração, com o objetivo de averiguar o volume de petróleo disponível.
Lula abandona ministra
O Palácio do Planalto deixou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), à própria sorte ao negociar a recomposição dos ministérios com o Congresso, segundo revela Roseann Kennedy, na sua coluna no Estadão. A prioridade da articulação política é empenhar todos os esforços para salvar o núcleo duro do governo e as pastas chefiadas pelo PT, como Casa Civil e Desenvolvimento Agrário.
Por Magno Martins
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