Mamata familiar nos tribunais de contas
No Piauí, o ex-governador Wellington Dias, também do PT, hoje ministro do Desenvolvimento Social, emplacou sua esposa Rejane Dias. Em Alagoas, o ex-governador Renan Filho (MDB), hoje ministro dos Transportes, também deu uma canetada para fazer sua esposa conselheira, Renata Calheiros, enquanto no Amapá o ex-governador Waldez Góes, escolhido ministro do Desenvolvimento Regional, teve a mulher nomeada para o TCE.
O efeito cascata chegou em Roraima. O governador bolsonarista Antônio Denarium (PP) atua para emplacar a própria esposa como conselheira no Tribunal de Contas do Estado (TCE-RR). O cargo é vitalício, com salário de R$ 35,5 mil e auxílios que somam R$ 27 mil. Se aprovada, Simone Soares de Souza, conhecida como Simone Denarium, será responsável por julgar as contas do próprio marido.
O nome da primeira-dama roraimense foi confirmado na edição de sexta-feira, 28, do Diário Oficial da Assembleia Legislativa de Roraima (AL-RR), responsável pela indicação. Ela disputa a vaga com outros quatro candidatos: os deputados estaduais Jorge Everton (União) e Coronel Chagas (PRTB), o reitor da Universidade Estadual de Roraima (UERR), Regys Freitas, e a advogada e ex-procuradora do Estado Maria da Glória de Souza Lima.
Barbalho também nomeia mulher
No Pará, o governador Helder Barbalho (MDB) também nomeou sua esposa Daniela Barbalho para o Tribunal de Contas do Estado como conselheira, mas o Ministério Público Federal apontou que a nomeação violou os preceitos constitucionais. Em representação ao procurador-geral da República (PGR), procuradores do Pará explicaram que o currículo da primeira-dama do Pará não demonstra capacidade técnica para o cargo. Além disso, para o MPF-PA, a indicação fere o princípio da moralidade.
Novaes, o conselheiro
Já em Pernambuco, a próxima vaga a ser aberta para o Tribunal de Contas será a da conselheira Teresa Duere, em julho. A briga está restrita aos deputados estaduais e tudo indica que o escolhido será o deputado Rodrigo Novaes (PSB), apoiado pelo presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB). A governadora queria a deputada Débora Almeida (PSDB), sem chances. Caso Novaes seja eleito, abrirá vaga para efetivação do suplente Diogo Moraes, muito querido e com trânsito em todos os grupos e correntes partidárias da Alepe.
Por Magno Martins
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