Depoimento de general G. Dias complica situação do governo Lula pelas divergências
Primeiro, o ex-ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ter chegado ao Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, às 14h50, antes, portanto, da invasão do prédio, que começou por volta das 15h01 daquele dia.
As primeiras imagens que mostram o ex-ministro são das 16h29. Portanto, não se sabe até o momento quais foram as medidas adotadas pelo general durante esse período de quase uma hora e meia.
No depoimento, ele afirmou que pediu reforço ao Comando Militar para proteger as instalações. Mas só aparece nas imagens até agora já tentando evitar a invasão do gabinete do presidente Lula e apenas direcionando manifestantes para escadas, sem efetuar prisões.
Na fala à Polícia Federal, o militar, que era o responsável pela segurança do Palácio do Planalto, disse ainda que não teve conhecimento de que o coordenador de avaliações de risco do GSI, o coronel Alexandre Santos de Amorim, havia classificado os protestos do dia 8 como risco “laranja”, o segundo maior, ou seja, com alto risco.
Gonçalves Dias também detalhou o número de homens à disposição no dia dos protestos. Afirma que havia 45 agentes de coordenação geral de segurança, 46 militares da Cavalaria e guardas e 38 militares de choque do Batalhão de Guarda.
Nas imagens a que a Record TV teve acesso até o momento, não há o registro de confrontos antes da invasão do Palácio do Planalto. Mesmo com esses homens disponíveis, o então coordenador da equipe de segurança do Palácio do Planalto, o capitão do Exército José Eduardo Pereira, o homem que oferece água aos extremistas, aparece nas imagens por mais de uma hora, sozinho, acompanhando a movimentação dos criminosos próximo ao gabinete presidencial, que não foi invadido.
Durante as quase cinco horas de depoimento, o general Gonçalves Dias diz ainda ser “absurdo” o GSI não ter sido convidado para reuniões na Secretaria de Segurança do Distrito Federal. Alegou ainda ser impossível ter feito a prisão dos invasores, porque estava sozinho, e que caberia ao Exército fiscalizar e até retirar os acampamentos da frente de quartéis.
Créditos: R7.
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