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segunda-feira, 20 de março de 2023

RETOMADA DO PASSEIO

Grupo de turistas pernambucanos consegue continuar viagem de peregrinação em Israel

Os pernambucanos contaram com a ajuda da Obra de Maria, que assumiu e deu continuidade ao passeio, pagando hospedagem, alimentação e transporte para o grupo (Laércio Teixeira/Arquivo Pessoal)


Após dois dias de impasses e desamparo, os turistas pernambucanos conseguiram retomar a viagem com roteiro religioso, entre Egito e Israel. O grupo seguiu com os passeios e já realizaram visitas para a Igreja da Natividade, em Belém, a mais antiga igreja em atividade no mundo. O percurso da Via-Sacra, trajeto percorrido por Jesus carregando a cruz, desde o Pretório até o Calvário. Atualmente, com as passagens de volta ao Brasil já resolvidas, o passeio seguirá até quinta-feira (23). Todo o grupo seguirá junto no mesmo voo, que saíra de Tel Aviv, capital israelense, com parada em Lisboa, antes de seguir ao Recife.

A Obra de Maria deu o retorno do caso aos turistas no sábado, por volta das 12h, horário de Brasília. No mesmo momento, foram retomados os serviços de uma forma mais econômica, como relata Fred Arruda, de 55 anos, empresário. “Visto que pagamos o pacote com antecedência, incluía certo padrão de hotel, refeições, passeios e isso não aconteceu. A Sevagtur recebeu o dinheiro com bastante antecedência, mas não fez a marcação de nada. Nós temos um dano irreparável, dano pesado, que terá que ser buscado. Nós procuramos uma operadora de turismo religioso, ligada à Obra de Maria, que conseguiu organizar, não no padrão de hotel que esperávamos, mas preservando algumas coisas, como os locais de passeios e refeições. Óbvio que isso não está exatamente como a gente tínhamos nos programado.” Parentes no Brasil já falam em procurar o Ministério Público de Pernambuco (MMPE) e acionar a operadora na Justiça. 
 
A descoberta de que a Sevagtur não havia pagado as necessidades da viagem, promoveu grandes transtornos para o grupo. “A busca pela solução foi feita pelos próprios turistas, que contataram a Obra de Maria e levaram a solução para Sevagtur. “A solução não foi dada pela pela Sevagtur, foi o próprio grupo. Foi a gente que buscou, que ligou, que contatou e aí fez uma pressão a Sevagtur para que ela assumisse esse custo para que a gente não tivesse que desembolsar do próprio bolso. “Definitivamente, não é aquilo que foi programado, mas conseguimos dar continuidade ao passeio”, disse Arruda. O acordo foi a Obra de Maria apoiar os custos, e a Sevagtur, que já pagou, no sábado, mais da metade do valor à operadora de turismo, vai quitar o restante na segunda-feira (20). Ao menos, foi o acertado.
 
O grupo enfrentou transtornos antes de chegar ao Cairo, pois os turistas foram divididos, devido a compras de passagens aéreas de última hora, em alguns casos não havia nem passagem de volta. “Houve cinco passageiros que não tinham passagens de Tel Aviv (Israel) para Lisboa. A empresa comprou em cima da hora, isso sem contar que havia pessoas que não tinham suas passagens de Barcelona para o Cairo. E as cinco pessoas que viajaram sem passagem de volta”. No entanto, com ajuda da Obra de Maria, esses turistas já estão com os seus vouchers de volta e segurados do seu retorno. O grupo de turistas se encontra com passagens, hospedagens e passeios resolvidos.
 
Com mais de cinco décadas no mercado, a Sevagtur Turismo disse que a empresa responsável pelo passeio é a Sevagtur Religioso. Herança familiar, as empresas pertencem a irmãs e têm CNPJ diferentes.  Suzana Aguiar, responsável pelo braço religioso, está, inclusive, na viagem junto com os demais turistas pernambucanos. Foi ela que falou a eles, na sexta-feira, que não havia dinheiro para concluir a viagem.

DP

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