Náutico se pronuncia sobre medida cautelar para recuperação judicial
Pronunciamento contou com o presidente do Executivo, Diógenes Braga, e consultores júridicos do clube (Foto: Reprodução/TV Timba-Bet Nacional)
A ação tem como objetivo principal regularizar as contas do clube para atração de investidores, visando a SAF futuramente
O Náutico realizou, nesta terça-feira (14), o primeiro pronunciamento oficial sobre o requerimento de medida cautelar para recuperação judicial. O objetivo dos dirigentes era esclarecer para os seus torcedores o motivo da ação, que foi acatada pela Justiça na última segunda-feira (13) e faz com sejam suspensas, por 60 dias, todas as cobranças que existem contra o clube na Justiça do Trabalho.
Durante o pronunciamento, realizado na TV Timba-Bet Nacional, o presidente do Executivo alvirrubro, Diógenes Braga, destacou que o ponto principal da medida é assegurar o futuro do clube, que planeja implementar a SAF no futuro e precisa se regularizar com a Justiça para atrair investidores.
“Essa é mais uma ação estratégica em busca do saneamento do clube. Estamos trabalhando de forma incessante em busca desse saneamento, visando um futuro de tranquilidade para o clube. Existem inúmeros outros passos que estão sendo estudados há um bom tempo por pessoas com expertise e com consultorias externas. E o objetivo é que a gente construa um clube muito forte e que cada vez mais tenhamos segurança do futuro do clube”, revelou o presidente.
Confira o pronunciamento de Diógenes Braga:
Além disso, os dirigentes do Náutico revelaram ainda que as medidas para reestruturação financeira do clube vêm sendo estudadas há muito tempo. A ação acatada pela Justiça dá 60 dias de paralisação das dívidas do clube na Justiça do Trabalho. Com isso, durante esse período, o conselho deliberativo evita os penhoras e leilões para angariar fundos para pagamentos desses débitos, como, por exemplo, do Estádio dos Aflitos, e poderão construir o requerimento para a recuperação judicial do clube, que teria como objetivo perdoar ou negociar as dívidas do clube.
Sobre os próximos passos que o Náutico adotará, o consultor jurídico do clube, Rodrigo Cahu, explicou que a medida cautelar é, de fato, um respiro para as contas da equipe, mas que ainda há muito trabalho a ser feito.
“Essa medida, de imediato, tem a capacidade de suspender todas as cobranças que existem na Justiça do Trabalho contra o Náutico e dá tempo para que o clube possa submeter ao seu conselho deliberativo o pedido de recuperação judicial. Na realidade, essa medida antecipa os efeitos de uma recuperação, mas ainda precisa de uma confirmação no conselho para que seja definitivamente apresentada à Justiça”, esclareceu o consultor.
Com isso, o principal objetivo da diretoria do Náutico com a medida cautelar é a implementação da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Conforme destacou Rodrigo Cahu, é necessário reestruturar as contas do clube para atrair investidores e, assim, implementar o novo projeto no clube.
“O processo de recuperação judicial que planeja o Náutico vem na corrente de reestruturar o passivo do clube durante este processo de modernização. Essa é uma faculdade que todo clube do futebol brasileiro hoje tem após a adição da Lei da SAF. Essa ação prevê meios de atração de investidores para a implementação da SAF, mas também busca meios de enfrentamento das dívidas, realidade que existe na maioria dos clubes do Brasil”, revelou Rodrigo Cahu.
Foi esclarecido ainda que a recuperação judicial terá caráter negocial. Ou seja, o clube irá fazer propostas aos seus credores e apresentará medidas para negociação de pagamento das dívidas. O objetivo é facilitar para que o Náutico consiga, dentro das suas condições financeiras, arcar com os seus débitos e se regularizar com a Justiça.
DP
Nenhum comentário:
Postar um comentário