Náutico entra com recurso no STJD por conta de polêmica substituição do Central na estreia do Estadual
Primeira partida oficial do Timbu na temporada segue repercutindo (Foto: Rafael Vieira/FPF)
Anteriormente, o TJD-PE já havia indeferido o pedido alvirrubro de anulação da partida
A novela envolvendo a primeira partida do Campeonato Pernambucano de 2023, entre Central e Náutico, disputada no dia 7 de janeiro, segue em pauta no departamento jurídico alvirrubro. Após uma reunião com uma assessoria jurídica desportiva, o clube decidiu recorrer no Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) da decisão do TJD-PE, que negou o pedido do Timbu para a anulação da partida, vencida pela Patativa por 2 a 1, por conta de uma possível substituição irregular do time de Caruaru.
Luiz Gayão, vice-presidente jurídico alvirrubro, confirmou que o clube já entrou com o recurso, afirmando que a ação da arbitragem na partida foi contra as regras do futebol. “O Náutico insiste para que o STJD analise o caso e decida se vai prevalecer o resultado do jogo ou a anulação da partida para ter um novo julgamento. Estamos seguros, o nosso recurso foi muito bem fundamentado e agora vamos aguardar o STJD se pronunciar”, disse o dirigente, que explicou os motivos da decisão.
“O ponto principal é que houveram quatro paradas para as substituições de cinco atletas do Central. O TJD-PE entendeu que na terceira parada o árbitro tinha autorizado a entrada de dois atletas, no entanto só um entrou. O TJD-PE argumentou no sentido que o árbitro tinha autorizado e o atleta não entrou porque não quis. O Náutico não concorda com isso e entende que a substituição só se concretiza com autorização do juiz e o ingresso do atleta no campo”, finalizou Luiz Gayão.
Entenda o caso
Durante a partida, o Central realizou cinco alterações, porém, em quatro paradas diferentes, o que não é permitido pelo regulamento, onde é previsto que todas as mudanças sejam realizadas em apenas três paradas. Aos 40 minutos do primeiro tempo, Danilo Pires entrou na vaga de Douglas Bomba, aos 19 minutos da segunda etapa, Áquila e Candinho substituíram Emerson Almeida e Ancelmo.
A polêmica começou aos 34 minutos. Segundo reclamação da comissão técnica do Central ainda no gramado, o lateral-direito Adson deveria ter entrado ao mesmo tempo que Anderson Lessa, mas apenas o atacante foi acionado, sendo a terceira e última parada para substituição do time de Caruaru. Ainda assim, mesmo com o jogo já tendo sido reiniciado, o camisa 14 também entrou em campo, configurando uma quarta parada, mesmo com a autorização da arbitragem.
Outro fato que chamou atenção foi a súmula divulgada após o fim do jogo, onde o árbitro Tiago Nascimento do Santos apontou que as entradas de Anderson Lessa e Adson aconteceram simultaneamente no minuto 37, fato que não ocorreu, já que o atacante dono da camisa 19 foi acionado aos 34 da segunda etapa.
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