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terça-feira, 31 de janeiro de 2023

CONTAS DE 2022

Governo de Pernambuco identifica déficit primário de R$ 567 milhões nas contas de 2022

Dados do fechamento das contas do estado apontam desequilíbrio fiscal (Hélia Scheppa/SEI)


Divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Governo de Pernambuco, os relatórios de Gestão Fiscal (RGF) e o Resumido de Execução Orçamentária (RREO), referentes ao fechamento das contas no exercício de 2022, apontaram um déficit primário de R$ 567 milhões no estado. 

De acordo com os dados prévios obtidos pela gestão de Raquel Lyra, o governo Paulo Câmara teria deixado para a nova gestão uma disponibilidade líquida de R$ 395 milhões. Desse total, R$ 303 milhões já estavam comprometidos com despesas contratadas: transferências aos municípios de ICMS e do Fundeb e pagamento da dívida. Do montante livre em caixa, restaram apenas R$ 92 milhões na primeira semana. 

Em relação a 2022, Pernambuco registrou um resultado orçamentário com déficit de R$ 27 milhões. Em relação ao resultado primário, que exclui receitas e despesas relacionadas à dívida, o déficit foi de R$ 567 milhões. No último ano, enquanto a receita cresceu 16,2% (incremento de R$ 7,15 bilhões), a despesa aumentou em um ritmo ainda maior (21,7%, R$ 9,18 bilhões), inviabilizando o equilíbrio fiscal. 

De acordo com o secretário da Fazenda, Wilson José de Paula, o resultado recebido trará consequências para o desempenho do estado. "O quadro apresentado gerará impacto no selo Capag, mas a gestão da governadora Raquel Lyra já está tomando as medidas necessárias para retomar o equilíbrio fiscal do estado", explicou.

GESTÃO PAULO CÂMARA
Ainda durante o período de transição do governo, a atual vice-governadora Priscila Krause, apresentou um balanço que apontava um aumento de despesas acima da inflação em 2022 no estado. Além disso, foi constatada uma "subestimação de despesas futuras".

Na ocasião, a informação foi rebatida pelo então secretário da Fazenda, Décio Padilha. “Dos meus 29 anos de carreira como auditor fiscal eu posso registrar que o estado de Pernambuco nunca esteve em uma condição tão boa”, informou na ocasião ao declarar que o estado possuía R$ 2,9 bilhões em caixa. Além disso, o gestor garantiu que a partir de 1º de janeiro a gestão Raquel Lyra teria R$ 3,4 bilhões para aplicar em investimentos.


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