Presidente da FPF admite erro da arbitragem, mas confirma que juiz de Retrô e Náutico não sofrerá punição
Apesar das reclamações sobre a arbitragem, o confronto terminou empatado em 1 a 1 (Foto: Rafael Vieira/FPF)
Diretoria alvirrubra havia entrado com pedido de representação para que o árbitro Diego Fernando não atuasse mais no Estadual
O jogo entre Retrô e Náutico segue dando o que falar. O confronto, válido pela quinta rodada do Campeonato Pernambucano, ocorreu na última quarta-feira (25) e foi marcado por muita reclamação dos alvirrubros por conta de dois possíveis pênaltis mal anulados na primeira etapa. Após o jogo, que terminou em 1 a 1, a diretoria do Náutico entrou com representação na Federação Pernambucana de Futebol (FPF), contra o árbitro Diego Fernando. Evandro Carvalho, presidente da federação, admitiu que Diego cometeu um erro no primeiro lance, mas avaliou que suas outras decisões no decorrer do duelo foram acertadas e, por isso, não sofrerá nenhuma punição e seguirá apitando partidas no Estadual.
Os lances que geraram a reclamação do Náutico foram os principais acontecimentos do primeiro tempo. O primeiro aconteceu logo aos cinco minutos de jogo. O centroavante alvirrubro Júlio recebeu a bola de Souza dentro da área e foi derrubado por Guilherme Paraíba, com um empurrão. Já o segundo momento seria por um toque com a mão dentro da área do Retrô, após a bola desviar no peito do jogador. Para o presidente da FPF, o juiz agiu corretamente na sua decisão no segundo lance, mas, no primeiro, cometeu um erro por não possuir um bom campo de visão no momento em que o atacante do Timbu foi derrubado na área.
“Nós entendemos que houve um erro da arbitragem na primeira penalidade. Devido ao deslocamento muito rápido da bola da defesa do Náutico para o ataque, não houve tempo suficiente para o árbitro se deslocar em uma diagonal boa para que tivesse uma boa visão e ele, de fato, não viu o jogador sendo empurrado com o braço, o que seria a penalidade, mas não foi marcado. Já no segundo pênalti alegado, a marcação foi correta. A regra já mudou há muito tempo e, quando a bola atinge o peito ou o ombro e depois resvala no braço, não é penalidade, já que a bola atingiu uma parte do corpo do jogador antes. Então a arbitragem errou, de fato, na primeira penalidade, mas não há como punir o árbitro por um lance muito rápido, no qual ele estava sem uma boa visão, o que impediu a marcação”, disse Evandro de Carvalho.
Além dos pênaltis, a partida teve um alto volume de punições da arbitragem aos jogadores. Com o clima quente e nervoso por conta da não marcação dos possíveis pênaltis, foram distribuídos, no total, oito cartões amarelos e um vermelho no decorrer do jogo, sendo cinco deles direcionados a jogadores do Náutico. Sobre a quantidade de cartões na partida,q ue foi outro motivo de reclamação da diretoria alvirrubra, que se sentiu prejudicada, Evandro destacou que a atuação do árbitro foi correta e que os cartões foram bem aplicados.
“Os cartões foram todos absolutamente corretos. Os clubes precisam entender que essa regra que existia quando eu assumi a Federação de que não se aplicava cartão durante os primeiros 15 minutos de jogo não existe. Se for necessário apitar um cartão vermelho no primeiro minuto de jogo, o árbitro vai aplicar. Então os jogadores tumultuaram, agiram incorretamente e foram penalizados com o cartão”, completou o presidente da FPF.
O próximo compromisso do Náutico será diante do Porto, nos Aflitos, nesta segunda-feira (30), às 20h. Atualmente na terceira colocação na classificação geral do Pernambucano, o Timbu tenta se manter nas primeiras posições da tabela para continuar sonhando com o tricampeonato.
DP
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