Zambelli após bloqueio em suas redes: “Democracia foi pro ralo”
A deputada federal teve as redes sociais bloqueadas
Nesta terça-feira (1º), a deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP) teve suas redes sociais bloqueadas. Não é possível mais acessar as publicações feitas pela parlamentar no YouTube, Instagram, Twitter e Facebook.
Por meio de sua assessoria de imprensa, Zambelli se disse surpresa e informou que não teve direito de defesa. Muito influente nas redes sociais, a deputada acredita que o objetivo do TSE é eliminar qualquer reação sua nas redes e trocar por uma atmosfera de inibição de pensamento.
Confira o comunicado:
Em decisão surpresa, sem qualquer direito de defesa, A MULHER MAIS VOTADA DE TODO O BRASIL para o cargo de deputada federal foi calada e impedida de se comunicar com seus 9.524.500 de seguidores divididos em sete redes sociais (YouTube, Facebook, Instagram, Twitter, Telegram, Tiktok e LinkedIn). O Parlamento está sendo violado, censurado e calado.
Nos últimos dois anos, Carla Zambelli foi a deputada com maior alcance nas redes sociais, que são a praça pública moderna. O tribunal está calando a deputada eleita duas vezes como a melhor deputada federal em votação popular no concurso Congresso em Foco.
Ainda, a deputada ficará incomunicável, com suspensão de acesso a aplicativos de mensagem instantânea, como o seu WhatsApp, que foi alvo de vazamento na internet no último fim de semana. Quando se vive em uma ditadura, a primeira coisa é a tentativa de se calar as vozes da oposição.
O objetivo do TSE é eliminar qualquer reação espontânea de Carla Zambelli nas redes sociais e trocar por uma atmosfera de inibição de pensamento. Em nome da democracia, extingue o direto às reações naturais.
O artigo 53 da Constituição Federal assegura que os parlamentares são INVIOLÁVEIS, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. Trata-se de uma garantia do regime democrático que a Constituição pretendeu implantar no país, e que foi rasgado nesta tarde por uma decisão ilegal e inconstitucional.
Aos poucos, Alexandre de Moraes constrói um código de inibições para impor um modelo único e vigente de comportamento nas redes.
O próximo passo é a prisão dos opositores, como já visto em diversos regimes de esquerda na América Latina.
A democracia brasileira foi para o ralo.
Assinado
Carla Zambelli Salgado de Oliveira
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