Ex-presidente do Sport Homero Lacerda presta apoio à reeleição de Yuri Romão na Ilha
"Quem está ali emprestando competência e dedicação merece o aplauso", disse Homero (Foto: Roberto Ramos/Arquivo DP)
Homero descarta ainda a possibilidade de voltar a trabalhar internamente no Futebol, e valoriza nascimento de novas lideranças políticas
Restando três meses para encerrar a temporada 2022, o Sport vive um trimestre de definições importantes, dentro e fora do gramado. Enquanto nos cinco jogos que restam do ano, o time busca o acesso para a Série A, no campo político, o cenário para as eleições de dezembro vai se afunilando. Em entrevista nesta sexta-feira (7), o ex-presidente do Executivo, do Deliberativo, e ex-dirigente de futebol, Homero Lacerda prestou apoio à reeleição de Yuri Romão.
“Com a experiência que eu tenho, passei dez anos dentro do Sport, como vice de futebol, presidente do executivo, presidente do conselho depois mais uns quatro anos… Eu quero transmitir para a torcida o que é um empresário deixar os seus afazeres e emprestar sua competência, principalmente o atual presidente do Sport, na gerência do clube. Isso é um sacrifício, uma dedicação. E só uma coisa move o empresário a fazer isso. É o amor pelo Sport”, iniciou Homero Lacerda.
“Então, independentemente de uns pequenos percalços, um tropeço aqui, outro acolá, esse trabalho que está sendo feito de dedicação tem que ser reconhecido pela torcida. E a torcida tem que estar sempre do lado do clube. Eu sei que é difícil, principalmente na adversidade. Agora ,por exemplo, o Sport tem a possibilidade real de subir, então a torcida tem que se juntar à diretoria, reconhecer esse trabalho que está sendo feito, e passar energia, pensamento positivo. Encher o estádio e torcer pelo clube”, emendou.
Homero revela ainda que não tem uma relação muito estreita com Yuri Romão, mas garante que o trabalho tem sido bem avaliado. “Eu não tenho aproximação maior com o presidente. Temos amigos em comum, que realmente avaliam tudo isso. Pernambuco todo mundo sabe da competência da seriedade. Então ele está emprestando essa competência e seriedade ao Sport”, destacou, antes de pontuar sobre outros candidatos.
“Estou aqui para jogar confete em ninguém. Não faço mais política de clube. Tem outros candidatos bons no Sport. É um celeiro de bons candidatos. Mas eu acho que o trabalho dele (Yuri Romão) é um trabalho realmente sério e que merece o nosso apoio. Ele precisa do nosso apoio. Eu estive ali, eu sei o que é aquela cadeira. Aquela cadeira é dura, é difícil, não é fácil. Então quem está ali emprestando competência e dedicação merece o aplauso e o apoio de todos nós.”
O ex-mandatário do clube deu apoio a Romão também para lidar com a cobrança na família. “Respeitando o problema familiar dele, isso aconteceu comigo também. Minha família fazia tudo para eu não estar ali (na presidência). Porque não é brincadeira não. Quando eu estava na presidência do Sport, noventa por cento do meu tempo foi dedicado ao Sport. E aí a gente sacrifica os negócios e sacrifica a família”, iniciou.
“E eu quero dizer isso é o Yuri, sacrifica os negócios e a família em prol de uma causa belíssima, são três milhões de rubro-negros torcedores do Sport. É a maior torcida dentro de um estado. O Sport é o único clube do Brasil que tem mais de 50% dos torcedores do seu estado. Nem o Flamengo tem. Nem o São Paulo tem. 50% dos pernambucanos torcem pelo Sport. E no Brasil todo é aproximadamente três milhões. Então, vale esse sacrifício. A família tem que compreender. Os negócios, a gente tem que delegar um pouco os afazeres e procurar administrar as duas coisas. Vale a pena, sim, se dedicar ao Sport”, emendou.
Por outro lado, Homero descarta que o apoio seja condicionado a uma volta a trabalhar no clube. “Não tem essa possibilidade, não. Eu acho que eu já cumpri minha função no Sport e dediquei dez anos da minha vida ao clube. Diuturnamente, sábado, domingo e feriado. É uma dedicação absurda.”
E traça uma análise sobre o cenário de desmembramento em cinco grupos políticos que se organizam em torno do Sport. “De certa forma (é ruim), sim, mas faz parte do Sport. O rubro-negro tem sangue quente nas veias. E esse sangue quente provoca isso. Várias facções políticas diferentes. Cabe ao rubro-negro se inspirar, sem paixão, sem emoção, e analisar o que é melhor para o Sport, votar no que é melhor para o Sport. Eu não voto em ninguém porque é meu amigo ou por causa disso, não. Eu voto porque é melhor para o Sport. A única pergunta é isso”, argumentou.
“Estão surgindo novas lideranças jovens na Ilha do Retiro. Isso é uma renovação que é importante. Gerações novas. Gerações como a minha já cumpriram sua missão. Estamos aqui para, como diz Jarbas Guimarães, os cabeças pensantes no Sport, como diz Luciano (Bivar), nós vamos estar sempre presentes, sempre discutindo, sempre aconselhando, sugerindo, não é nem aconselhar, sugerindo. Essa é a nossa missão. Agora, novas gerações, um sangue novo de pessoas mais jovens, é fundamental para o clube e tem que estimular isso”, completou Homero.
DP
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