Náutico alcança pior desempenho defensivo na era dos pontos corridos atuando na Série B
(Foto: Rafael Vieira/DP Foto)
Restando dois jogos para o fim do campeonato, o Timbu superou a campanha de 2010 com 63 gols sofridos
Um dos piores capítulos de uma história centenária. Isso define a vexatória participação do Náutico no Campeonato Brasileiro Série B - 2022. Deficiência defensiva, troca de treinadores e mudanças na meta. Esses foram um dos pilares que causaram o rebaixamento do Náutico na temporada. Na lanterna da competição, com 30 pontos, o Timbu quebrou sua pior marca defensiva em número de gols sofridos atuando na Segundona.
Até aqui na Série B, desde o início do novo formato da era dos pontos corridos, em 2006, o pior desempenho da defesa do time pernambucano foi em 2010, quando terminou a competição com 60 gols sofridos, na décima terceira colocação, com 48 pontos. Nesta temporada, o número desastroso foi superado - 63 gols, faltando duas rodadas para o final do campeonato.
Com média aproximadamente de 1,75 gols por partida, o Náutico não sofreu gol em apenas quatro partidas válidas pelo Brasileirão, sendo nas vitórias contra o Operário na 3ª rodada (2 a 0), Ituano na 9ª rodada (2 a 0), Brusque na 28ª rodada (1 a 0) e no empate com Ituano na 29ª rodada (0x0). O principal destaque negativo foi, sem dúvida, a goleada por 6 a 0 sobre o Novorizontino, que escancarou de vez o desastroso momento defensivo. O time pernambucano sofreu gols nas últimas sete rodadas de forma consecutiva.
Um dos motivos para esse número foram as trocas incessantes de comando técnico, o Náutico foi dirigido por 4 treinadores nesta Série B. Desconsiderando Dudu Capixaba que atuou como interino em apenas uma partida, o técnico que teve melhor desempenho defensivo nesta Série B trata-se do primeiro comandante - Roberto Fernandes. Por outro lado, o atual comandante Dado Cavalcanti apresenta a pior média de gols sofridos, com o número astronômico de mais de 3 gols por partida, escancarando a fragilidade das últimas rodadas.
Roberto Fernandes - 23 gols sofridos em 16 jogos - 1,43
Dudu Capixaba - 1 gol sofridos em 1 jogo - 1,0
Elano Blumer - 10 gols sofridos em 6 jogos - 1,66
Dado Cavalcanti - 29 gols sofridos em 9 jogos - 3,22
Além disso, o problema defensivo foi em grande parte devido à falta de definição da dupla de zaga. Em uma fase de muitos erros no setor, o clube alvirrubro fez múltiplas substituições em uma busca constante pela estabilidade. Foram 7 zagueiros aproveitados nesta Série B: Bruno Bispo (23 jogos), Carlão (11), Camutanga (7), Wellington (15), João Paulo (16), Mauricio (6), Arthur Henrique (8), além dos atletas da posição, Anilson e João Lucas foram improvisados no setor.
Após a saída do goleiro Lucas Perri, que era considerado o principal nome da temporada. O Náutico enfrentou dificuldades também na definição de um novo dono da meta, por isso, foi criado uma espécie de rodízio com outros quatro goleiros: Jean (8), Bruno Ferreira (4), Renan (2), e recentemente, aconteceu a estreia do goleiro titular da base Bruno Lopes (2).
Confira, participações do Náutico na Série B: números de gols sofridos na era dos pontos corridos
2006 - 48 gols sofridos em 38 jogos - 1,26
2010 - 60 gols sofridos em 38 jogos - 1,57
2011 - 41 gols sofridos em 38 jogos - 1,07
2014 - 47 gols sofridos em 38 jogos - 1,23
2015 - 42 gols sofridos em 38 jogos - 1,10
2016 - 43 gols sofridos em 38 jogos - 1,13
2017 - 51 gols sofridos em 38 jogos - 1,34
2020 - 42 gols sofridos em 38 jogos - 1,10
2021 - 50 gols sofridos em 38 jogos - 1,31
2022 - 63 gols sofridos em 36 jogos - 1,75
DP
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