Última semana de campanha começa com novo debate entre as candidatas a governadora
Raquel Lyra e Marília Arraes voltaram a se encontrar na segunda-feira para debater o Estado
Nada de novo no encontro de ontem entre as candidatas ao Governo do Estado, Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB), durante mais um debate neste segundo turno. Ao longo de quase duas horas de duração e quatro blocos, o primeiro encontro desta semana ficou marcado por ataques mútuos, críticas ao governador Paulo Câmara (PSB) e propostas ao Estado.
O debate, promovido pela TV Guararapes em parceria com Rádio Cidade (Caruaru) e Rádio Vilabela (Serra Talhada), fugiu do formato utilizado nos anteriores. A pedido de Marília, que está gestante, os blocos foram gravados com as candidatas sentadas, o que tornou o programa monótono em relação aos anteriores.
Apesar de ter começado de forma amistosa, o clima não demorou para esquentar entre as duas postulantes. Dentre os assuntos abordados, as questões das novas matrizes energéticas no Estado e o desemprego. O nome do governador Paulo Câmara (PSB) voltou ao foco. Enquanto Raquel acusou a candidata do Solidariedade de ser apoiada pelo gestor estadual, Marília lembrou que Raquel atuou como secretária estadual de Juventude e Qualificação e disse que a tucana foi uma das principais incentivadoras do nome de Câmara a governador.
Pacto
Em um determinado momento do debate, Marília disse que o programa Pacto pela Vida, idealizado durante o governo Eduardo Campos, começou a dar errado durante o governo de João Lyra, pai de Raquel, que ficou à frente do Estado por nove meses. Em resposta, a tucana lembrou suas ações em Caruaru enquanto era prefeita.
Marília, em alguns momentos, fez questão de nacionalizar o seu discurso, mencionando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como o seu aliado imediato neste segundo turno. Como havia adotado uma postura de neutralidade, Raquel foi alvo da sua rival em alguns momentos.
Além do petista, nomes como Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) foram mencionados no debate. Raquel justificou que votou em Simone Tebet (MDB) no primeiro turno e que, caso vencesse a eleição no próximo domingo, irá discutir questões do Estado com quem vencer a corrida pelo Palácio do Planalto.
Enquanto Marília disse que “todo o time de Bolsonaro” estaria com Raquel e que ela apoiou o ex-presidente Michel Temer (MDB), a tucana disse que a ex-presidente Dilma “estaria chateada” com Marília por causa do cancelamento do encontro com a ex-presidenta - o que a adversária chamou de fofoca.
Propostas
Quando o debate chegou ao nível propositivo, Raquel falou da isenção de ICMS e IPVA para mototaxistas do Estado. Por sua vez, Marília também disse que vai renunciar ao IPVA — no entanto, o foco foram os profissionais que utilizam veículos no interior e nas zonas rurais por todo o Estado.
Na questão hídrica, Raquel propôs construir mais adutoras em pontos estratégicos de Pernambuco. Já Marília disse que irá construir centros de distribuição de água também descentralizados e acusou a tucana de querer privatizar a Compesa, que havia usado o termo concessão.
Por Edson Mota
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