Moraes nega investigar inserções de rádio que Bolsonaro reclama
Relatório de empresa de auditagem tem milhares de páginas, mas o ministro não vê "base documental crível"
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, negou no início da noite desta quarta-feira (26) o pedido da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) para investigar possíveis irregularidade em inserções eleitorais em emissoras de rádios, especialmente na região Nordeste.
Segundo denúncia apresentada na noite de ontem, a campanha de Bolsonaro teve 154 mil inserções de 30 segundos a menos que o candidato do PT Lula nas emissoras de rádio.
Segundo a decisão de Moraes, o pedido do candidato do PL foi apresentado “sem base documental crível, ausente, portanto, qualquer indício mínimo de prova”. “Os erros e inconsistências apresentados nessa pequena amostragem de oito rádios’ são patentes”, disse o ministro.
Denunciante investigado
Não só Alexandre de Moraes negou o pedido, ele determinou ainda que o Ministério Público investigue “possível cometimento de crime eleitoral com a finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito”, além de enviar para o corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves (STJ/TSE), para investigar “eventual desvio de finalidade no uso do Fundo Partidário” na contratação da empresa Audiency, de auditoria/checagem.
Presidente do TSE, Moraes também mandou o caso da denúncia da campanha para o Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura a atuação de uma “mílicia digital” que atenta contra a democracia.
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