Com objetivos distintos no clássico, Sport e Náutico apostam suas últimas fichas na Série B
Clássico dos clássicos será um duelo de opostos na Série B (Foto: Divulgação/Sport)
No maior estilo 'all-in' em um jogo de poker, Leão tenta seguir vivo na briga pelo acesso, enquanto o Timbu luta para não cair
No poker, a jogada ‘all-in’ acontece quando um ou mais participantes da mesa apostam todas as suas fichas na rodada para seguir no jogo. E nesta quarta-feira, na ‘mesa’ da Ilha do Retiro, às 21h45, Sport e Náutico farão um dos Clássicos dos Clássicos mais dramáticos dos últimos anos. Afinal, mesmo com momentos distintos, as duas equipes correm o risco de praticamente dar ‘adeus’ ao principal objetivo da temporada. E um empate, se ocorrer, pode tirar todos os dois da jogada de uma só vez. As cartas estão na mesa.
Com mais ‘fichas’ para apostar, o Sport disputa numa sala onde a aposta é maior. Mesmo distante dos adversários, Vasco e Londrina, o Leão terá confrontos diretos contra os dois. Mas antes, o time precisa chegar vivo até as próximas rodadas. Até porque, se for derrotado na Ilha, os rubro-negros podem ver o Vasco abrir oito pontos. Cenário que, restando seis rodadas, seria praticamente uma eliminação. Além disso, uma derrota para o Náutico traria um peso negativo na rivalidade.
Mas o Sport chega para o Clássico com uma ‘mão’ forte. Jogando na Ilha, o Leão ainda não perdeu nesta Série B, vindo de quatro vitórias seguidas em casa. Além disso, contará com a pressão da torcida, que novamente deve superar a marca de 19 mil. E no retrospecto geral, o Sport pode voltar a emendar dez clássicos de invencibilidade, o que não acontece desde 2003.
A situação do Náutico é bem mais dramática. Lanterna da competição, mesmo se vencer o Clássico e levar os três pontos do ‘pote’, ainda assim não será o suficiente para o Timbu. Isso porque o Operário-PR, 19º colocado, tem quatro pontos a mais. E em relação à saída do Z4, o abismo é bem mais profundo. Se perder, o Timbu pode ver aumentar de oito para 11 essa distância. Logo, embora ainda não fosse de forma matemática, a queda seria apenas questão de tempo para ser decretada.
E no contexto geral, um ‘blefe’ pode não ser o suficiente para o Náutico. O Timbu ainda não venceu um clássico sequer na temporada, tendo três empates e duas derrotas, ambas para o Sport. E no contexto geral, o ambiente é nem um pouco favorável para a recuperação, dentro e fora do campo, os alvirrubros vivem sob pressão da torcida com protestos.
No Sport, Claudinei Oliveira dificilmente deve mexer na equipe, seguindo com seu sistema 4-4-2. Já no Náutico, Dado conta com as voltas do zagueiro Wellington e do atacante Geuvânio. O ‘dealer’, ou melhor, o árbitro do jogo será o gaúcho Anderson Daronco, da FIFA.
FICHA DO JOGO
Sport
Saulo; Everton, Sabino, Rafael Thyere e Sander; Ronaldo, Fabinho, Giovanni e Luciano Juba; Vagner Love e Gustavo Coutinho. Técnico: Claudinei Oliveira.
Náutico
Jean; Victor Ferraz, Wellington, João Paulo e João Lucas; Souza, Thomaz, Richard Franco e Jean Carlos; Everton Brito e Geuvânio. Técnico: Dado Cavalcanti.
Local: Ilha do Retiro, no Recife-PE
Hora: 21h45
Arbitragem: Anderson Daronco (FIFA-RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves (FIFA) e Leirson Martins (ambos RS).
VAR: Rafael Traci e Johnny Oliveira (ambos SC).
DP
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