Por caso do vaso sanitário, em 2014, Santa Cruz e CBF são condenados a pagar indenização milionária
Coberto por lençol, corpo da vítima ficou cercado de pedaços de vaso sanitário (Foto: Paulo Paiva/DP Foto)
Justiça estipulou indenização de R$ 1,2 milhões e pensão mensal de R$ 438; defesa da vítima ainda vai recorrer dos valores
Após mais de oito anos, a morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes ao ser atingido por um vaso sanitário na partida entre Santa Cruz e Paraná, no Arruda, voltou às manchetes. A justiça do Estado de Pernambuco condenou o clube coral e a CBF a uma indenização milionária, além de uma pensão mensal à família da vítima.
"Houve uma sentença de 500 mil reais (na época), mais um pensionamento. Nós recorremos. Nos dias de hoje, isso vale mais de um milhão. Mas ainda achamos que é pouco. Primeiro para penalizar os órgãos infratores e para reprimir as pessoas que cometem este tipo de delito. A CBF tem uma renda de bilhões. Isso seria um 'troco' para eles", disse o advogado Nicolas Coelho à reportagem.
A informação foi noticiada inicialmente pelo Blog do Jamildo e confirmada pelo Esportes DP. Além disso, saiu na edição do Diário Oficial, publicada nesta quarta-feira (31). O valor total é de R$ 1,2 milhões. Já a pensão, de R$ 438 por mês, também será paga aos pais até a data em que Paulo completaria 65 anos. A quantia será corrigida anualmente. Joelma Valdevino da Silva e José Paulo Gomes da Silva são os genitores da vítima.
Relembre o caso
De acordo com testemunhas, uma briga entre torcidas uniformizadas acontecia do lado de fora do estádio durante a partida. Uma entre tantas outras registradas no futebol pernambucano. Pedras eram atiradas de todos lados até que a privada acabou sendo atirada entre os portões 6 e 7 do Arruda, localizados na rua das Moças - uma das vias que levam ao estádio do Santa Cruz.
A vítima, torcedora do Sport, por sua vez, estaria no Arruda para se juntar à torcida uniformizada do Paraná, facção aliada à organizada rubro-negra. Outros dois torcedores foram levados para Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) dos Torrões, Zona Oeste do Recife.
As três pessoas que participaram do crime foram condenadas a mais de 20 anos de prisão por homicídio consumado. Waldir Pessoa Firmo Júnior pegou 22 anos e seis meses de reclusão; Luiz Cabral de Araújo Neto foi condenado a 25 anos, 7 meses e 15 dias; e Everton Filipe Santiago Santana a 28 anos e 9 meses de reclusão.
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