Vaiados pela torcida no Arruda, Martelotte sai em defesa de Kléver e Jefferson no Santa Cruz
Kléver e Jefferson foram vaiados pela torcida do Santa Cruz nos dois últimos jogos no Arruda (Foto: Evelyn Victoria/Santa Cruz)
Treinador foi goleiro do clube em duas temporadas e explicou sobre o atraso na reposição de bola, na reta final do jogo com o Retrô na Série D
A cena se tornou rotineira no Arruda. Contra o Lagarto, a cada toque na bola, sobretudo após o gol do time sergipano, Jefferson recebia vaias da torcida. Substituto contra o Retrô, no último domingo foi a vez de Kléver enfrentar a insatisfação dos torcedores, principalmente quando passou a reter mais a bola perto do apito final. Campeão pernambucano em 1993 e com acesso à Série A em 1999 pelo Santa Cruz, Marcelo Martelotte entende como poucos a relação com a torcida coral. O treinador saiu em defesa dos seus atletas, e os apontou como experientes para lidar com a situação adversa.
“Vou falar sobre os goleiros, que é o que me diz respeito. Não sobre o comportamento da torcida, mas dos goleiros. Eu gosto de analisar. O Kléver foi muito bem (contra o Retrô). O jogo acabou 0 a 0 e ele teve boas intervenções. Foi seguro, para alguém que não jogava há mais dois meses. Foi um jogador que entrou nessa decisão sem ritmo e foi muito bem, principalmente no que diz respeito à principal função do goleiro, que é defender. A partir do segundo tempo, quando ele demorou um pouco para repor a bola, houve essa reação da torcida”, iniciou, saindo em defesa também de Jefferson.
“Sinceramente, eu não sei, como também não entendi a reação com o Jefferson no último jogo (contra o Lagarto). Os goleiros têm apresentado uma regularidade e nos ajudado bastante. O Kléver, volto a dizer, teve uma participação muito boa, segura”, reforçou.
Conhecedor dos meandros que envolvem o clima do jogo dentro de campo, Martelotte também apontou a justificativa para explicar o motivo de Kléver ter ‘segurado’ mas a bola, perto do fim contra o Retrô no Arruda.
“Sobre a reposição, são detalhes que a gente conversa e pode acertar para que seja efetuada com mais velocidade. Mas, às vezes, até a retenção dessa bola tem um motivo, e o jogador dentro do campo sente algumas coisas que o torcedor não vê. Ele podia estar sentindo agora no final do jogo o cansaço da nossa equipe, e segurou ali porque não via a possibilidade da gente imprimir um ritmo mais intenso naquele momento”, apontou.
“Lógico que eu também avalio essas situações de jogo, e essa é a minha maneira de enxergar a atuação dos goleiros. Não entendo em alguns momentos a reação do torcedor, mas eu respeito. O jogador tem experiência. Tanto o Kléver quanto o Jefferson são goleiros de mais de 30 anos. E, com certeza, já passaram por situações como essa. Lógico que o jogador não gosta de ser vaiado pelo torcedor do seu próprio clube, até está acostumado a ser vaiado pelo torcedor adversário. Mas eles têm encarado bem, com personalidade, e foi assim que o Kléver atuou, e nos ajudou a sair com o resultado que nos deixa na disputa”, pormenorizou Martelotte.
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