'Altos e baixos': Elano precisa superar histórico ruim na Série B para evitar queda no Náutico
Em 17 jogos no Figueirense, Elano obteve um baixo retrospecto de apenas 29% e contribuiu com a queda (Foto: Patrick Floriani/Figueirense)
Na única vez em que comandou na Série B, treinador colaborou na queda do Figueirense, com aproveitamento de apenas 29% em 17 jogos
Mergulhado na zona de rebaixamento, o Náutico quer escrever uma nova história no segundo turno da Série B. Para evitar o terceiro rebaixamento à Série C, o clube decidiu investir na segunda troca de comando técnico do ano, com a chegada de Elano. Treinador que embora tenha apresentado ótimos números no ano passado, precisará superar o seu próprio histórico na Série B para alcançar o objetivo com o Timbu.
Renomado como atleta, Elano ainda é considerado um técnico de nova geração, disputando a sua quinta temporada como treinador, e o quinto clube da carreira.Até aqui, disputou a Série B apenas em 2020. Assumiu o Figueirense após a 5ª rodada, com o time em 15º nos mesmos quatro pontos dos que lutavam contra o Z4. Acabou demitido após a rodada 21, com o time na 18ª colocação, com apenas três vitórias conquistadas. Nos 17 jogos, obteve um baixo retrospecto de apenas 29% e contribuiu com a queda, que se tornou irreversível.
Logo, se o segundo turno será um desafio para o Náutico, também será para Elano. Segundo a projeção da Universidade Federal de Minas Gerais, especialista na análise para o futebol, o Náutico precisa somar ao menos de 25 a 27 pontos dos 57 restantes, para minimizar a sua chance de rebaixamento. O que daria um aproveitamento entre 43,8% e 47,3% no segundo turno. Média acima do histórico de Elano na Série B, mas que fica dentro dos 49,79% do rendimento do treinador ao longo dos 81 jogos em que comandou equipes.
Outro ponto favorável do retrospecto de Elano é o desempenho no forte e competitivo Campeonato Paulista. Com a Inter de Limeira, em 2020, apesar de não avançar para a disputa do título, venceu Corinthians, Red Bull Bragantino e Ponte Preta, além de empatar com o Palmeiras. Esse desempenho foi resgatado no ano passado, quando assumiu o comando da Ferroviária de Araraquara restando quatro rodadas na fase de grupos. De cara, conseguiu um empate e três vitórias, e avançou de fase. Caiu para o São Paulo nas Quartas de Final.
E na Série D, o acesso bateu na trave. Exceto pela estreia com derrota para o Uberlândia, Elano levou a Ferroviária com invencibilidade até as quartas de final, sendo eliminado nos pênaltis pelo Atlético-CE após dois empates. Terminou a temporada com expressivos 70,6% de aproveitamento. Mantido no cargo para 2022, até começou bem o Paulistão, com três empates e uma vitória, o que somado ao ano anterior, atingiu 23 jogos de invencibilidade. Porém perdeu rendimento e acabou eliminado da disputa pelo título, e caiu para a Inter de Limeira no primeiro mata-mata do Troféu do Interior.
Probabilidade de rebaixamento*
49 pontos 0.000%
48 pontos 0.001%
47 pontos 0.006%
46 pontos 0.085%
45 pontos 0.690%
44 pontos 3.623%
43 pontos 12.771%
42 pontos 31.077%
41 pontos 55.500%
40 pontos 77.510%
39 pontos 91.245%
* números da UFMG após o 1º turno
Scouts como treinador
Total da carreira
81 Jogos
35 Vitórias
25 Empates
24 Derrotas
49,79% de aproveitamento
2017* - Santos (Série A)
5 Vitórias
1 Empate
3 Derrotas
59,25% de aproveitamento
* Comandou nas rodadas 5 e 6, e depois, na reta final, a partir da 32 até o final.
2019 - Inter de Limeira (Copa Paulista)
1 Vitória
2 Empates
1 Derrota
58,33% de aproveitamento
2020 - Inter de Limeira (Paulistão)
5 Vitórias*
2 Empates
7 Derrotas
40,47% de aproveitamento
2020 - Figueirense (Série B)
3 Vitórias
6 Empates
8 Derrotas
29,41% de aproveitamento
2021 - Ferroviária-SP (Paulistão e Série D)
15 Vitórias
8 Empates
2 Derrotas
70,66% de aproveitamento
2022 - Ferroviária-SP (Paulistão e Copa do Brasil)
3 Vitórias
6 Empates
5 Derrotas
35,7% de aproveitamento
DP
Nenhum comentário:
Postar um comentário