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sexta-feira, 22 de julho de 2022

CRISE NA ARGENTINA

Crise econômica na Argentina leva concessionárias de carros a paralisarem vendas


A crise econômica na Argentina fez com que as concessionárias de carro suspendessem as vendas. A inflação anual de 65% e a desvalorização do peso são os principais fatores que levaram os empresários a tomarem a decisão.

O mercado automotivo da Argentina também está enfrentando novas restrições do Banco Central, que sobretaxam transações feitas em moedas que não o peso. O caos fez com que a empresa de autopeças Yazaki a anunciar calote aos fornecedores. A Agrale, que fabrica caminhões e ônibus, informou a seus fornecedores que suspenderá a produção na Argentina até o fim do ano.

Segundo a Associação dos Concessionários de Automóveis, os preços dos veículos aumentaram 70% em 2021 e têm aumentado entre 30% e 40% no primeiro semestre deste ano por causa da crise econômica na Argentina.

Crise econômica na Argentina pode vir para o Brasil

Nos últimos anos, quando os economistas liberais passaram a usar a expressão “fábrica de pobres” para se referir ao modelo econômico argentino, a dupla Cristina e Alberto Fernández viu uma luz no fim do túnel. Passou a apostar todas as suas fichas na eleição do ex-presidente Lula no Brasil. Sem disfarçar, admitiu que o socorro poderia vir do vizinho em 2023.

Em dezembro do ano passado, o governo montou um palco na Praça de Mayo, em frente da Casa Rosada, para um showmício do petista. A foto dos três, além do uruguaio José Mujica, rodou a América Latina.

No palanque, Lula rasgou elogios a Cristina e prometeu ajuda. “A perseguição que me colocou em cárcere é a mesma perseguição sofrida por Cristina Kirchner aqui”, disse. “Alberto foi me visitar mesmo depois de eu dizer para ele ter cuidado, que talvez não fosse prudente um candidato a presidente ir à cadeia visitar um preso político. Alberto disse ao meu amigo Celso Amorim (ex-chanceler) que me visitaria com muito orgulho.”

Lula e o PT usaram as imagens à exaustão nas redes sociais, para afirmar que uma onda de esquerda estava se erguendo na América Latina e que era hora de ​​“começar a reatar os laços do Brasil com o país irmão”.

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