Para Augusto Aras, falas de Bolsonaro sobre urnas são ‘retórica política’ e não crime
O procurador-geral da República explicou à Reuters que linguagem política é uma coisa e a jurídica é outra
O procurador-geral também citou o exemplo do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que fez o mesmo discurso, segundo ele mesmo classificou: “Alguém disse que o Trump não podia dizer a mesma coisa que se ele perdesse ninguém tomaria posse, que não ia sair da Casa Branca?”.
“Nós temos que ter essa compreensão de que, se nós começarmos a exigir da política e de todos os seus acólitos, todos os exercentes de mandato, comunicações politicamente corretas, nós estamos rompendo com o ideal da liberdade de expressão, que é o primeiro princípio de uma democracia”, disse.
Aras fez questão de diferenciar o discurso dos atos preparatórios. “Nós todos precisamos ter essa percepção. Se o presidente acha, como fez o Trump, que tem dificuldades tal, tal e tal, essas falas dele só arranham o sistema jurídico quando isso tem um potencial de interferir no processo democrático. A mera fala não induz o crime, explicou. “Atos preparatórios não induzem ao crime”, avisa o PGR.
Tiago Vasconcelos
Nenhum comentário:
Postar um comentário