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sexta-feira, 29 de abril de 2022

SPORT - LAMENTANDO A DECISÃO

Sabino desabafa sobre veto de rádios de pilha nos estádios e lamenta impunidade nos casos de racismo

Sabino citou com revolta o caso de racismo no jogo do Corinthians (Foto: Paulo Paiva/DP Foto)



Nas redes sociais, o zagueiro do Sport lamentou o veto do rádio de pilha e se mostrou indignado com a falta de punição nos casos de racismo


A proibição de uma série de itens nos estádios por parte da Polícia Militar tem repercutido no futebol pernambucano. Depois da delegação do Sport desembarcar em Maceió, local do jogo contra o CSA neste sábado, pela Série B, jogadores como o zagueiro Sabino e o meia-atacante Everton Felipe utilizaram as redes sociais para desabafar sobre a decisão. O defensor lamentou o veto do rádio de pilha e se mostrou indignado com a falta de punição nos casos de racismo, por exemplo.

“Acabei de chegar em Maceió quando eu vi a proibição do rádio de pilha nos estádios de Pernambuco. Confesso que fiquei surpreso porque há uns dias atrás um torcedor comete racismo, paga R$ 3 mil e é solto. Fico pensando o que nós devemos fazer para que isso acabe. Pessoas se manifestam, ficam indignadas e quem tem o poder de fazer a coisa acontecer não faz”, desabafou Sabino. 

Além dos rádios de pilha, também estão proibidos nos estádios pernambucanos baterias, instrumentos musicais, apitos e porta-bandeiras. A justificativa dada pela Polícia Militar para a proibição desses objetos tem relação aos casos de violência ocorridos dentro e fora dos campos de futebol. Ainda segundo a PM, a restrição atende aos protocolos implementados desde a Copa das Confederações, em 2013.

“É de se revoltar, coisas mínimas, tão simples como um rádio e proíbem. O que um rádio de pilha vai fazer contra as pessoas? Nada. É prova que o futebol está acabando mesmo, não pode comemorar do jeito que quer porque toma cartão, não pode fazer nada. E aí um cara comete racismo, paga R$ 3 mil e é solto. É de ficar indignado, porque por mais que nós, negros, façamos alguma coisa, quem tem poder de fazer não faz nada”, disse Sabino.

“Em Pernambuco já não pode bateria, agora proíbe rádio de pilha. Eu respeito todas as decisões, mas confesso que fico sem entender a lógica que tem isso. Radinho de pilha é um símbolo do futebol, vejo muitas pessoas que levam para escutar os jogos. É só um desabafo mostrando minha indignação também pelo que aconteceu no jogo do Corinthians contra o Boca Juniors. Nenhuma solução é tomada para que haja punição”, finalizou.

Everton Felipe também usou as redes sociais para comentar a proibição dos itens nos estádios de futebol. De acordo com o meia-atacante, o futebol local vai sendo destruído. “Cada dia que se passa o futebol de Pernambuco vai sendo destruído! O torcedor não pode nem levar o seu rádio de pilha mais. Palhaçada! Logo logo vão proibir os torcedores de entrar com celular”, ironizou o meia.

DP

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