Conta de energia terá reajuste médio de 18,98% em Pernambuco
Reprodução/Pixabay
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (25), durante sua 14ª Reunião Pública Ordinária, um reajuste tarifário médio de 18,98% nas contas de energia dos pernambucanos.
Dessa forma, a partir desta sexta-feira (29), a Neoenergia Pernambuco está autorizada a aumentar em 19,01% o valor cobrado pelo serviço para consumidores em alta tensão. Já para os consumidores de baixa tensão, o reajuste aprovado pela Agência ficou em 18,97%.
Para consumidores residenciais, a média do reajuste será de 18,50%. A justificativa para o aumento apresentada pela Neoenergia Pernambuco, e que foi aceita por unanimidade pela diretoria da Aneel, teve como base a crise hídrica enfrentada pelo país, além dos avanços da inflação, medida pelo IPCA, e do IGPM.
Morando numa casa com quatro pessoas, a professora Carla Fonseca, de 56 anos, paga em média R$ 450 na conta de energia atualmente. Com o reajuste, o valor passará para cerca de R$ 530. "Fica impossível de acompanhar esses aumentos porque o nosso salário não aumenta assim. Sem falar nas outras coisas que a gente também precisa pagar, é comida, gasolina, escola. Tudo sobe, menos o salário. Aqui em casa a gente vive tentando economizar no que pode e cortar os gastos desnecessários, mas já faz tempo que é só o básico. Vou cortar o que?", questionou a professora?
Morando numa casa com quatro pessoas, a professora Carla Fonseca, de 56 anos, paga em média R$ 450 na conta de energia atualmente. Com o reajuste, o valor passará para cerca de R$ 530. "Fica impossível de acompanhar esses aumentos porque o nosso salário não aumenta assim. Sem falar nas outras coisas que a gente também precisa pagar, é comida, gasolina, escola. Tudo sobe, menos o salário. Aqui em casa a gente vive tentando economizar no que pode e cortar os gastos desnecessários, mas já faz tempo que é só o básico. Vou cortar o que?", questionou a professora?
Antes mesmo do reajuste, Carla afirma que já estava economizando na energia elétrica. "Não usamos mais o ar-condicionado nem o chuveiro elétrico e todas as lâmpadas são de led. Também já troquei o microondas por um mais novo que economiza energia, mesmo assim a conta já estava alta. Agora só vai piorar o que já era ruim", finalizou.
INDÚSTRIA
Para a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), o reajuste deverá impactar de forma negativa as empresas e a economia do estado, tendo em vista que a energia é considerada um dos principais insumos da indústria. A FIEPE destaca que o anúncio chega em um momento crítico para o mercado, que tenta recuperação depois de dois anos enfrentando dificuldades geradas pela pandemia, entre elas os custos dos impostos e os encargos setoriais.
Na economia, a previsão é que o impacto do reajuste gere um efeito cascata. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que, em 2022, o aumento no preço da energia elétrica deverá resultar em uma perda no PIB industrial de R$ 3,8 bilhões a preços de 2020, em comparação ao que ocorreria sem os efeitos da crise hídrica. Para a indústria de transformação, a perda estimada é de R$ 1,7 bilhão.
O levantamento também aponta que o mercado de trabalho poderá sofrer uma perda de cerca de 290 mil empregos em relação à quantidade de pessoas ocupadas entre abril e junho de 2021, com uma redução de R$ 12,1 bilhões do consumo das famílias.
O levantamento também aponta que o mercado de trabalho poderá sofrer uma perda de cerca de 290 mil empregos em relação à quantidade de pessoas ocupadas entre abril e junho de 2021, com uma redução de R$ 12,1 bilhões do consumo das famílias.
De acordo com a FIEPE, é fundamental um esforço do poder público para diminuir esses impactos, especialmente neste momento em que Pernambuco está equilibrado financeiramente. Uma das sugestões da federação é que o ICMS de energia elétrica seja reduzido de 25% para 18%.
DP
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