Em 1ª entrevista, mendigo de Planaltina conta sua versão
Mendigo de Planaltina contou sua versão sobre o caso envolvendo esposa de personal trainer Foto: Reprodução/YouTube Metrópoles
Morador de rua volta a negar estupro e diz que foi convidado por mulher
cenas do personal trainer Eduardo Alves espancando um morador de rua após flagrar o homem mantendo relações sexuais com sua esposa em Planaltina, no Distrito Federal, chamaram a atenção do Brasil inteiro ao longo da última semana. A versão de um dos lados, mais especificamente o de Eduardo, é de que a esposa estaria em surto psicótico e teria sido vítima de estupro.
Entretanto, nesta quinta-feira (24), em entrevista publicada pelo site Metrópoles, o morador de rua Givaldo Alves, de 48 anos, trouxe o seu lado dos fatos e negou que o ato sexual tenha sido criminoso. De acordo com ele, a relação foi consensual, tendo a própria esposa do personal trainer o convidado para entrar no veículo apesar de ele dizer que “não tinha tomado banho”.
Eu andava pela rua e ouvi um grito: “moço, moço”. (…) Olhei para trás e só tinha eu. (…) E ela confirmou comigo dizendo: “Quer namorar comigo?”. (…) “Moça, eu não tenho dinheiro, sou morador de rua. Não tenho dinheiro nem para te levar ao hotel”. Então, ela disse: “Pode ser no meu carro” – relatou.
Em outro momento da entrevista, o homem conta que as imagens das câmeras, que flagraram as agressões sofridas por ele, comprovariam que não houve estupro.
Deus me colocou em um lugar cercado por câmeras que comprovam não ter havido nada disso [estupro]. Se fosse outro morador de rua, possivelmente já estaria preso – relatou.
Givaldo alega também que só tomou conhecimento de que a mulher era casada quando recebia atendimento médico no hospital. Até aquele momento, ele diz ter achado que estava sendo vítima de uma retaliação após testemunhar um motorista em um carro arrastando propositalmente uma mulher na região alguns dias antes.
O morador de rua, que é baiano, contou que foi casado, tem uma filha de 28 anos, e peregrinou por cidades da Bahia, Tocantins, Minas e Goiás até chegar a Brasília. Na capital federal, ele estaria vivendo uma rotina nas ruas entre abrigos públicos e casas de passagens.
Em função da briga com o personal, Givaldo teria sofrido um edema no olho e ficou com a costela quebrada. Questionado se estaria arrependido de estar envolvido no caso, o homem disse que, se pudesse, não teria olhado quando a mulher o chamou.
Se eu pudesse, não olharia para trás, para aquela voz – completou.
Paulo Moura
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