Ruas do Recife dividem opiniões em primeiro dia sem uso obrigatório de máscaras em locais abertos
Reportagem ouviu, nesta terça-feira, pessoas contra e a favor da medida (Arthur Souza/DP Foto)
Segundo o decreto de flexibilização do governo do estado de Pernambuco, o uso da máscara de proteção contra a Covid-19 deixou de ser obrigatório em locais abertos nesta terça-feira. Entretanto, a medida segue dividindo opiniões nas ruas do centro do Recife.
Ouvidos comerciantes e pedestres nesta tarde, e suas respectivas opiniões. Enquanto uns se sentem protegidos dando continuidade ao uso da máscara, outros comemoram a dispensa do item.
Para Israel Silva, que faz parte do grupo que ainda não se sente seguro em dispensar a máscara, mesmo em lugares abertos, a decisão do governo não foi num bom momento. O homem, que já tomou duas doses da vacina, citou alguns casos de mortes pela doença no mundo, justificando seu posicionamento.
"Vou continuar usando até a pandemia desaparecer. Acho que não foi o momento certo de abrir mão da máscara, porque ainda tá morrendo muita gente. Como é que Pernambuco libera?", questionou.
Já o comerciante José Fernando Misael, confessou que mesmo antes da flexibilização desta terça-feira, só faz uso da máscara em algumas situações.
"Uma vez ou outra coloco a máscara, por precaução. Mas em lugares fechados, eu uso. Quando o cliente chega aqui, eu boto a máscara pra atender", disse.
Uma outra comerciante que trabalha na Avenida Conde da Boa Vista defendeu o uso da máscara em tempo integral. Ela, até agora, só tomou uma dose da vacina. "No dia a dia, vendo docinhos e empada, e tô sempre usando máscara. Mesmo com a liberação, vou seguir usando a máscara, porque não me sinto segura em parar", disse Iana Ferraz.
A reportagem do Diario de Pernambuco também ouviu o gerente de um mercadinho localizado na Rua do Hospício. Segundo Josenildo José dos Santos, de 39 anos, algumas pessoas já insistiam em entrar no estabelecimento sem o item. Agora, com a liberação, ainda que válida somente para locais abertos, ele teme que o cenário se agrave.
"É complicado. Mesmo sem a liberação, já vinham aqui insistindo pra entrar sem máscara. A gente aborda, mas ainda arruma confusão", comentou Josenildo.
Para Vanessa de Macedo, de 22 anos, a liberação não trouxe nenhuma novidade para sua vida. "Eu nem sabia disso (da liberação). Pra mim, tá igual, porque não uso máscara em local aberto", afirmou.
A situação de Vanessa é parecida com a do comerciante João Claudino, que garantiu que no dia a dia nas ruas do centro da cidade, a maior parte dos transeuntes já não usa mais a máscara.
“Desde antes da liberação, eu já não usava máscara. Só uso dentro dos coletivos, porque é obrigatório e em lojas. Fora isso, nunca usei máscara. Não tomei vacina nenhuma. E a maioria das pessoas não usam máscara aqui, mesmo antes da liberação”, disse João.
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