"Pernambuco não está no Brasil", ironiza CEO do Santa Cruz sobre limitação de público
"Estamos pagando por um movimento político", disse Abdias Venceslau
O diretor executivo (CEO) do Santa Cruz, Abdias Venceslau, está insatisfeito com a forma que o Governo de Pernambuco vem conduzindo o plano de convivência da Covid-19 no âmbito do futebol. Afinal, no decreto mais recente o limite de público nos estádios do Trio de Ferro foi reduzido para 300 pessoas - posteriormente, o Corpo de Bombeiros vetou a presença de torcedores nas casas de Sport, Santa Cruz e Náutico por questões de segurança.
Diante disso, o CEO coral ironizou a condução do Governo de Pernambuco e afirmou que a postura estadual é ‘completamente política’. Além disso, Venceslau completou dizendo que “a torcida precisa saber que estamos pagando por um movimento político”.
“A gente vive um problema completamente político hoje. E obviamente a gente, que vive no futebol, não é alheio nem ignorante ao que acontece fora do futebol. Hoje, os estados que apoiam o presidente do Brasil liberam público. E os estados que tendem a apoiar a oposição proíbem público”.
“Hoje, o candidato a presidente pela oposição tem a grande maioria de Pernambuco ao seu favor e vai ser apoiado pelo governador do estado. Que manda um decreto como esse para acabar de afundar Santa Cruz, Náutico e Sport. A torcida precisa saber que estamos pagando por um movimento político”, disse Abdias Venceslau.
O diretor executivo do Santa Cruz contou que o clube está atrás de medidas para reverter o veto do Corpo de Bombeiros à presença de público. Além disso, Venceslau alfinetou o Governo de Pernambuco dizendo que o estado “não está no Brasil” - isso porque grandes jogos país afora estão recebendo milhares de torcedores enquanto Pernambuco limita a 300 pessoas.
“A gente está organizando toda a situação com relação às demandas dos bombeiros. Temos um novo projeto para apresentar durante essa semana. Mas como o jogo de sábado não poderia ter público de todo o jeito por causa de um decreto do estado (que limita presença de torcida durante a semana de Carnaval), não adianta a gente correr”.
“O próprio Governo de Pernambuco não permite. O estado de Pernambuco não está no Brasil, porque Santos e São Paulo jogam com 20 mil pessoas, Atlético Mineiro e Flamengo para 40 mil. Mas como Pernambuco não está no Brasil, não é permitido que tenha 500, 1 mil ou mais pessoas nos estádios”, concluiu.
DP
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