Após entrega frustrada, carta de Barroso ao Telegram é devolvida
Ministro Luís Roberto Barroso Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Documento foi enviado pelo ministro ao executivo Pavel Durov, criador do Telegram, em Dubai
Após quatro tentativas frustradas de entrega, a carta enviada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, à sede do Telegram, em Dubai, foi devolvida ao Brasil. A correspondência sequer chegou ao destinatário, o executivo Pavel Durov.
O documento fora enviado em 16 de dezembro. Houve tentativas de entrega em quatro ocasiões, de 26 a 29 de dezembro. Em duas delas, o carteiro não foi atendido. Nas outras, ninguém fazia expediente.
O objetivo de Barroso é tentar discutir com o criador da plataforma meios de cooperação para conter a disseminação de desinformação durante as eleições.
O TSE renovou a parceria com agências de checagem e com as principais redes sociais em operação no Brasil, como Facebook, Instagram, Twitter, Google/YouTube, TikTok e WhatsApp. Com o Telegram, no entanto, não houve avanço.
– O Telegram é um aplicativo de mensagens em rápido crescimento no Brasil, estando presente em 53% de todos smartphones ativos disponíveis no país. Por meio do Telegram, teorias da conspiração e informações falsas sobre o sistema eleitoral estão sendo espalhadas no Brasil – disse Barroso na carta.
O magistrado irá discutir o caso com os demais integrantes da Corte eleitoral, os ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
– Pretendo conversar com os ministros do TSE sobre o tema. Não há nada definido ainda. Não há caso concreto a ser levado a julgamento. Por ora, portanto, vou procurar colher o sentimento da maioria – afirmou Barroso ao SBT News.
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