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segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

PERNAMBUCO CAINDO PELAS TABELAS

A Nova Ordem do Nordeste: a ascensão do futebol cearense e a queda de Pernambuco

Na imagem, Juan Pablo Vojvoda comemorando a vaga na Libertadores (Foto: Leonardo Moreira/FEC)



Enquanto a dupla Ceará-Fortaleza esboça orçamentos de nove casas para 2022, os pernambucanos perderam espaço a nível regional e nacional


Durante décadas duradouras, Pernambuco figurou, com destaque, no hall dos grandes espetáculos do futebol brasileiro. Agora, o estado - que empilhou taças e escreveu lindas histórias a nível regional e nacional - amarga fracassos esportivos e se encontra distante dentro e fora de campo de polos futebolísticos que, outrora, estiveram isolados nas últimas divisões do futebol nacional. 

Entre eles, o cearense - que, em menos de cinco anos, deixou o posto periférico para se situar como parâmetro do Nordeste e, em 2021, conquistou, pela primeira vez, uma vaga na principal competição da América do Sul. 

Nesta temporada, a fantástica campanha do Fortaleza durante a Série A do Campeonato Brasileiro, no entanto, não foi a principal conquista do futebol cearense. Afinal, em 2017, quando estava imerso no pesadelo da Série C, o Tricolor Cearense se encontrava, também, afundado em dívidas trabalhistas. 

Quatro anos depois, sob o comando do presidente Marcelo Paz, o Leão do Pici esboça um 2022 sem débitos para, definitivamente, se tornar a Nova Ordem do Futebol Nordestino. Para isso, conta com a inédita classificação ao torneio continental e um orçamento recorde estimado em R$ 140 milhões.

“O futebol cearense tem, de fato, crescido muito nos últimos anos. A prova disso é o Ranking Nacional das Federações, em que o estado do Ceará passou a ser o maior, considerando o Norte, Nordeste e o Centro-Oeste. E isso é um trabalho feito em parceria com federação, patrocinadores e os dois clubes tendo maturidade de, fora de campo, fazer ações em conjunto”.

“Tudo isso somado faz com que o futebol cearense cresça e ultrapasse barreiras para que os times consigam evoluir. Hoje, a gente vê na Série C o Ferroviário, o Atlético-CE e o Floresta e, na Série D, o Santa Cruz, que é um gigante histórico de Pernambuco. Isso tem impacto, mas não é por acaso: é fruto de trabalho e união”, contou Marcelo Paz em entrevista ao Diario de Pernambuco.

Em 2018, o Fortaleza conquistou o inédito título da Série B do Campeonato Brasileiro. Longe dos gramados, onde era orquestrado por Rogério Ceni, o clube do Pici tomou a decisão que mudaria seu patamar e o levaria à fase de grupos da Copa Libertadores três anos depois. Ao traçar cerca de 40 metas para o futuro, a diretoria do clube programou o principal objetivo a médio prazo: estruturar o time como um ‘negócio’.

Tal medida não se resume aos badalados clubes da capital, Fortaleza e Ceará. Sediado no pacato bairro Vila Manoel Sátiro, o Floresta, que atualmente disputa a Série C do Campeonato Brasileiro, vivencia um período de renascimento após ter sido comprado, em 2015, por um empresário. 

Peça importante da ascensão do Lobo, que saiu do amadorismo para se consolidar entre os 60 melhores clubes do país, Ronaldo Oliveira comentou sobre a experiência de ter trabalhado num clube que, embora seja modesto a nível nacional, possui estrutura de time grande. 

“A consolidação do Floresta no cenário estadual, regional e nacional é fruto dos projetos arrojados dessas últimas duas temporadas, onde, com o empenho e o comprometimento de todos, conseguimos grandes resultados favoráveis. Do acesso da D para C, permanência na Série C e a vaga na Copa do Nordeste em 2022, podemos dizer que é apenas o começo do ‘case de sucesso’ que estará por vir”, disse em entrevista.

Eduardo Parin

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