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quarta-feira, 3 de novembro de 2021

HOMENAGENS AOS MORTOS

Dia de Finados é marcado por homenagens nos cemitérios do Grande Recife

Foto: Rafael Vieira/Esp.DP

Um ano após a chegada da pandemia de Covid-19, familiares e amigos voltaram a prestar homenagens àqueles que partiram. Nos cemitérios do Grande Recife, a movimentação foi moderada nesta terça-feira (2), Dia de Finados. Em respeito às medidas de prevenção à Covid-19, nas entradas dos cemitérios Parque das Flores e Santo Amaro, no Recife, e Morada da Paz, em Paulista, era possível encontrar funcionários aferindo a temperatura dos visitantes e oferecendo álcool 70% para higienização das mãos.

De acordo com a Prefeitura do Recife, a expectativa é de que aproximadamente 20 mil pessoas visitem os cinco cemitérios localizados na capital pernambucana neste feriado. A programação também contou com missas durante o período da manhã e da tarde. 

Glacinete Alexandre dos Santos, de 72 anos, visitou o pai e o irmão, velados no cemitério Parque das Flores, em Tejipió, na Zona Oeste do Recife. A costureira estava acompanhada da vizinha.“Eu venho com a minha vizinha visitar o meu pai, que morreu há onze anos e o meu irmão, que faleceu há três. Ano passado nós não viemos por causa da pandemia”, contou.

Tatiane Freitas de Souza, 37, chegou mais cedo ao local para visitar a mãe, vítima da Covid-19. “Eu perdi minha mãe recentemente para a Covid. Ela tinha 53 anos. Os meus irmãos estão trabalhando, não sei se conseguem vir ainda hoje”, relatou a cozinheira emocionada.

Os relatos comoventes daqueles que perderam familiares precocemente para a Covid-19 se repetem. Em Pernambuco, 20.029 moradores foram vítimas do vírus. Almir Antônio, de 43 anos, visitou o jazigo do pai, de 70 anos, que morreu há três meses. “Perdi meu pai, aos 70, para esse vírus. Ele faleceu há três meses e eu vim visitá-lo”. 
O túmulo mais procurado do cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife, o da Menina Sem Nome, estava repleto de devotos, que presenteavam o jazigo com bolos, doces, refrigerantes e brinquedos. Neste dia 2, dezenas de visitantes estiveram no local para agradecer as graças alcançadas.

“No ano passado, nesta data, eu estava internada. Fiquei muito doente e minha amiga, devota da Menina, achou que eu tivesse morrido porque eu sumi e ninguém me encontrava. Depois que ela soube que eu estava doente, fez uma promessa e pediu à Menina Sem Nome que me recuperasse. Aqui estou eu. Já fui atendida por ela duas vezes. Da última vez o meu pedido foi para que eu conseguisse me aposentar. Consegui esse ano. Só tenho a agradecer”, recordou Cícera Elias da Costa, de 66 anos. 

Em 2020, Márcia Cristina, 40, e Jocimar de Santana, 69, não puderam se despedir da mãe e esposa, vítima da Covid-19."Eu perdi minha mãe há pouco mais de um ano e não pude me despedir direito por causa da Covid. Hoje eu vim com o meu pai e estamos muito emocionados", desabafou Márcia. 

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