Senado pede rejeição de prazo para análise de impeachment
No documento, os advogados afirmam que, se esse prazo fosse fixado, Lira teria que "desviar suas atenções dos assuntos verdadeiramente importantes e urgentes".
"Eventual concessão de medida cautelar resultaria no atropelo do poder de agenda do presidente da Câmara dos Deputados, que passaria a ter uma obrigação, criada artificialmente por uma decisão judicial (sem previsão constitucional, legal ou regimental), de se debruçar incontinenti sobre a admissibilidade pedidos de afastamento do Presidente da República (que além de muito numerosos, na maioria das vezes são ineptos)", diz o texto enviado ao STF.
"Na prática, o Presidente da Câmara dos Deputados terá que desviar suas atenções dos assuntos verdadeiramente importantes e urgentes – ainda mais graves em tempos de pandemia – o que causaria profunda insegurança jurídica e risco de dano irreparável à população brasileira", prossegue.
Na manifestação, os advogados do Senado dizem ainda que o tema é da competência do Poder Legislativo e, por isso, não cabe interferência do Poder Judiciário.
Eles sustentaram que uma eventual decisão do STF favorável ao pedido representaria uma "supressão de competências legislativas" e a "violação do princípio da separação de poderes".
"A Constituição não determinou como se deve desenrolar o procedimento de impeachment, tendo o legislador constituinte deixado a matéria a cargo dos Regimento Internos das Casas Legislativas, ou seja, está-se diante de matéria exclusivamente interna corporis, insuscetível de controle judicial", afirmaram.
por Magno Martins
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