FPF vai entrar com mandado de segurança para evitar cancelamento do jogo entre Náutico e Vasco
Evandro Carvalho vai recorrer à Justiça nesta sexta-feira para garantir a polícia no gramado e, assim, impedir proibição de jogos em Pernambuco
A realização do jogo entre Náutico e Vasco, no próximo domingo, está ameaçada. Isso porque, segundo o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, o confronto não será iniciado se não houver policiamento dentro de campo, o que ocorreu, por exemplo, no duelo entre Santa Cruz e Floresta - marcado por confusões. De acordo com o mandatário, não houve consenso com a Secretaria de Defesa Social, que não prevê a obrigatoriedade do efetivo policial no gramado, mas em pontos estratégicos dos estádios.
Para evitar o cancelamento do compromisso do Náutico pela Série B, além, claro, de tentar impedir que a CBF transfira as partidas dos times pernambucanos para estados vizinhos, a FPF vai entrar com um mandado de segurança nesta sexta-feira. A ideia é que, por força judicial, seja decretada a obrigatoriedade da presença das forças policiais no campo de jogo.
“Vamos entrar com um mandado de segurança. O mandado de segurança é uma ação que, pela sua natureza, tem que ser constituída de todas as provas na inicial. Nós gastamos o máximo de tempo possível negociando, mas não houve consenso. A SDS já manifestou que vai manter a posição de permanecer fora do estádio. Portanto, não resta alternativa a não ser ingressar, hoje ainda, com uma medida apropriada para buscar uma decisão, que será concedida por uma liminar, que tenha a força de determinar a exigibilidade da presença do policiamento dentro do quadrilátero do jogo”, disse Evandro Carvalho à Rádio Clube.
“Eu vou ter uma reunião com a arbitragem hoje à tarde. O entendimento é que a arbitragem deverá comparecer ao jogo e verificar a presença do policiamento dentro de campo. No entendimento administrativo da CBF e nosso, o árbitro deve encerrar a espera de 30 minutos e não realizar o jogo se o policiamento não estiver dentro de campo", concluiu.
ENTENDA O CASO
Todo esse imbróglio acerca da possibilidade de não haver jogos em Pernambuco se deu por causa da confusão que ocorreu na Arena de Pernambuco, na última terça-feira, no embate entre Santa Cruz e Floresta. Quando houve a invasão da torcida coral após o confronto, constatou-se que não havia policiamento no gramado, mas apenas em outras partes do estádio. Diante do ocorrido, a própria Polícia Militar declarou que isso já estava previamente acordado antes da bola rolar.
Como consequência do que aconteceu na Arena de Pernambuco, a CBF emitiu ofício condicionando a continuidade dos jogos em Pernambuco à presença da Polícia Militar no gramado, como rege o Estatuto do Torcedor. Caso isso não seja garantido, o órgão irá deslocar todas as partidas previstas no estado para outros locais.
Em resposta, o Secretário de Defesa Social, Humberto Freire, reforçou a presença da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Civil de PE em todas as partidas, inclusive durante boa parte do período de pandemia, quando as arquibancadas estavam vazias. De acordo com o comunicado, os policiais são distribuídos em locais estratégicos dos estádios.
DP
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