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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

NÁUTICO - MÁ FASE E MAU MOMENTO

Na Série B, mau momento do Náutico coincide com má fase do prata da casa Hereda

Lateral foi bastante vaiado na derrota diante do CRB. (Foto: Paulo Paiva/DP Foto)



Lateral tem mostrado desconcentração em lances defensivos importantes dos jogos; Thassio surge como opção para a posição


Um mês e cinco dias. É o tempo que separa o Náutico da sua última vitória na Série B. Do triunfo diante do CSA, no Rei Pelé, por 1 a 0, para cá, são sete partidas - sendo cinco derrotas e dois empates - sem saber o que é vencer. Por muito tempo acostumado com as coisas dando certo dentro das quatro linhas, hoje, a realidade do Timbu é outra. A sensação é que nada mais está no lugar. Fora dos trilhos, o Alvirrubro, que custou a sair do G4, já figura na segunda página da tabela de classificação e vê o acesso cada vez mais distante. 

E o mau momento pode ser analisado do coletivo ao individual. O início promissor do Náutico na competição, nas mãos de Hélio dos Anjos, 'alavancou' as atuações de muitos atletas. Na contramão, a atual fase tem pesado negativamente para alguns jogadores, como é o caso do lateral direito Hereda. O prata da casa tem 'vacilado' em lances defensivos importantes. Em alguns deles, inclusive, resultando em gols adversários, prejudicando diretamente resultados construídos pelo Timbu. 

A falta de concentração tem sido frequente na hora de defender. A mais recente 'bobeada', ontem, diante do CRB, deu vez ao que seria o primeiro dos três gols levados pelo Alvirrubro na derrota por 3 a 1 na Arena de Pernambuco. Antes, ainda aos sete minutos da primeira etapa, o lateral já tinha errado um passe em jogada semelhante. E os exemplos seguem.

Diante do Remo, na penúltima rodada, Hereda pecou no passe, quando tentou retornar a bola à defesa, obrigando o zagueiro Carlão a parar a jogada. No lance, o defensor foi expulso. Com um jogador a menos na reta final do duelo e pouco concentrada após o cartão vermelho, a equipe alvirrubra viu, já nos acréscimos, o Remo fazer o gol da vitória.

Já no duelo contra o Vitória, pela 21º rodada da Série B, nos Aflitos, o Timbu vencia por 1 a 0 até os 20 minutos do segundo tempo. Quando, em bola perdida pelo lateral, lance que tem se repetido, a equipe baiana chegou à área e empatou a partida, dando números finais ao confronto. 

Com atuações temerárias, Hereda já vê uma sombra no banco de reservas. Trata-se de Thassio, também oriundo das categorias de base do clube, que vem sendo testado na função. Na derrota para o CRB, Hélio fez a troca entre os laterais na metade do segundo tempo. A substituição indica que novos testes devem acontecer, com a possibilidade do camisa 2 perder o posto de titular.
 
ASPECTO PSICOLÓGICO 
 
As tomadas erradas de decisões de Hereda, no entanto, não aparentam estar apenas no futebol apresentado. Em meio às críticas, os 'vacilos' do lateral são creditados, também, ao aspecto psicológico do jogo. Situação que vem afetando toda a equipe, mas tem sido acentuada nos erros diretos do prata da casa.
 
Na primeira partida após a liberação do público no futebol pernambucano, o atleta sofreu com vaias durante toda a partida contra o CRB. Da área técnica, o treinador Hélio dos Anjos mostrou preocupação com a reação do torcedor. Ainda, alguns atletas buscaram incentivar o lateral, como foi o caso do goleiro Jefferson.

PARCERIA COM ERICK

Os melhores momentos de Hereda na Série B não apenas coincidiram com a arrancada histórica do Timbu. Naquele recorte, o lateral tinha a companhia do também prata-da-casa Erick, hoje no Ceará. A 'dobradinha' no lado direito do campo foi o trunfo da equipe alvirrubra em muitas daquelas 14 partidas de invencibilidade no início do Brasileiro da Série B. Ali, líder da competição, tudo parecia funcionar muito bem para o Alvirrubro. E a dupla foi parte fundamental da boa fase.

Com o apoio de Erick, Hereda realizou partidas mais equilibradas. Além de se conhecerem bem, desde as categorias de base alvirrubra, o atacante era peça importante no encaixe da marcação da equipe. Quando o Timbu não tinha a posse da bola, Erick 'voltava' com frequência para compor o lado direito, ação que oferecia mais segurança ao lateral e, consequentemente, fortalecia as atuações de Hereda.

Ofensivamente, uma parceria ainda mais interessante. Simbolicamente, saiu dos pés da dupla o último gol de Erick com a camisa do Náutico. No Rei Pelé, no empate em 1 a 1 com o CRB, ainda no primeiro turno, o gol do atacante nasceu após bom passe do lateral. Três meses depois da saída do camisa 33, o Timbu segue sem encontrar o substituto ideal.

DP

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