Um crime inacreditável
Na era PT, de Lula a Dilma, especialmente Lula, que alguns desinformados ainda acham que é o pai dos pobres, o dinheiro do contribuinte não chegou na ponta apenas para financiar o Bolsa Família, reduzindo as desigualdades sociais. Chegou também – e muito – para os ricos. Líder do Podemos no Senado, o senador Álvaro Dias trouxe ao plenário da Casa um assunto que, se não tivesse documentação, seria inacreditável.
Dias, na verdade, levantou informações do caso JBS, especialmente no Governo Temer, interpretadas no Congresso como uma verdadeira exumação nos empréstimos do BNDES, entre 2008 e 2014, quando o banco injetou dinheiro barato em empresas selecionadas pelos governos Lula e Dilma (os “campeões nacionais”) para que pudessem comprar outras empresas no exterior.
O senador apresentou, em discurso no plenário, resultados de uma análise preliminar que, sem dúvida, é para deixar qualquer brasileiro de bom senso, que paga seus impostos em dia, de queixo caído. Segundo ele, em um período de seis anos, a União emprestou ao BNDES um total de R$ 716 bilhões. Como o Tesouro Nacional não dispunha do dinheiro, o Governo foi ao mercado privado.
Tomou recursos pagando juros de mercado a 14,25% ao ano pela taxa Selic, e repassou à JBS, Odebrecht e outras empresas ao custo entre 5% e 6%, pela TJLP. Negócio de mãe para filho. O resultado, lembrou, é um subsídio sem precedentes, de R$184 bilhões. “A sociedade vai pagar por isso até o ano de 2060”, disse Dias.
Essa farra do PT é um apenas uma gota do oceano de falcatruas da era PT no Brasil. Lula e Dilma nunca tocaram nesse assunto e precisam explicar como pegar dinheiro no mercado a juros exorbitantes e repassar para empresas cheias de rolos com juros 50% menores. Quem vai pagar essa conta? Eu, você, todos nós, contribuintes. Só para deixar bem claro o tamanho desse golpe aos cofres públicos: faltam 42 anos para liquidar a conta.
Inconstitucional
O senador Álvaro Dias está no pé do BNDES por essa e outras operações suspeitas. Ele considera inconstitucionais empréstimos feitos pelo banco, de maneira sigilosa, a países como Cuba e Venezuela. Por isso, impetrou mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para obter acesso aos contratos celebrados pela instituição financeira. Segundo ele, os empréstimos deveriam ter passado pela avaliação do Senado, e, além disso, a recusa em fornecer informações desrespeita a Lei de Acesso a Informação.
por Magno Martins
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