A guerra de narrativas e as armadilhas na imprensa.
Segundo economista Frédéric Bastiat, para entendermos certas situações, é preciso considerarmos tanto "aquilo que se vê, como aquilo que não se vê"!
“Para que dessa maneira retornem ao bom senso e se livrem da armadilha do Diabo, que os capturou, a fim de agirem conforme a sua vontade.” (2 Tim 2, 26)
Se quisermos mudar algo em nosso país devemos ficar atentos às coisas, conforme elas acontecem, e saber exatamente como fazer a leitura certa dos fatos!
A esquerda é tinhosa, verdadeira arma do maligno entre nós, e, como tal, usa de todos os artifícios para vencer – como alertou o amigo Angelo em sua Thread, que falava que não devemos retuitar o inimigo para não colocá-los em evidência.
Hoje, existem muitos que acreditam que doutrinação existe só na educação, mas já mostrei aqui, que a doutrinação é feita há muito tempo de várias formas como: novelas, filmes, música e até comerciais — até nos cinemas — e principalmente, nas redações das grandes mídias, motivo do alerta do nosso amigo Angelo!
O que vou mostrar aqui, é como essa armadilha é montada!
Existem, nas grandes redações, dois tipos de esquerdistas: os que acreditam naquilo que escrevem — os que romanceiam a esquerda socialista e/ou acreditam na igualdade de oportunidades — e os que fazem por dinheiro, tal qual os políticos.
E nesse artigo, vou abordar a armadilha feita por dinheiro!
No dia 23 de setembro, o blogueiro — se jornalista de direita é chamado blogueiro, esse merece o mesmo tratamento — Matheus Leitão escreveu em sua coluna, na Veja, a seguinte matéria: “Barroso impõe mais uma derrota a Bolsonaro e a evangélicos”
A referida matéria diz o seguinte em seu primeiro e segundo parágrafos:
“O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira, 23, que missões religiosas não podem entrar em terras de povos indígenas isolados. A decisão do ministro atende, de forma parcial, pedido feito pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
‘Defiro parcialmente a cautelar para explicitar o impedimento de ingressos de missões religiosas em terras indígenas de povos isolados, com base em seu direito à vida e à saúde, conforme decisão já proferida na ADPF 709’, escreveu o ministro em sua decisão.”
Independente da decisão do ministro estar certa ou não, notem que a ação foi proposta pelo PT e por uma ONG — um de seus puxadinhos — Além do fato que Barroso só seguiu decisão do plenário do STF que já tinha um entendimento de que, por conta da pandemia da Covid-19, somente pessoas que tenham autorização da Funai podem entrar nessas terras para proteção da saúde dos índios (ADPF 790).
Aí, vem o terceiro parágrafo:
“O ministro esclareceu que sua decisão vale apenas para missões novas que já não estivessem presentes nos locais. ‘A urgência manifestada pelos requerentes, em sede cautelar, tem estrita relação com o risco de contágio e, nesse sentido, parece se relacionar mais imediatamente com o ingresso de novas missões religiosas, e não com a sua permanência, uma vez que, se elas já se encontravam em tais áreas, já tiveram contato com indígenas e o dano que poderia ter ocorrido, ao que tudo indica, não se consumou’.” (Grifei)
Ou seja, o Ministro Barroso proibiu a entrada de novas missões, e não as que já existem lá!
E agora, no quarte e quinto parágrafos é que vem a armadilha colocada pelo blogueiro, em sua matéria:
“A decisão de Barroso é um forte revés para Bolsonaro. Além de dar razão ao PT, o ministro aplicou a lei para proteger os povos indígenas, contrariando tanto Bolsonaro quanto seu governo, que insiste em medidas que prejudicam e expõem os indígenas ao risco de morte.
Isso também é uma derrota para a bancada evangélica e suas missões, base de apoio do atual governo, que insistem em avançar sobre esses territórios com o intuito de evangelizar os indígenas, como se eles não pudessem ter a tradição religiosa deles.” (Grifei)
Por que a citação: “Além de dar razão ao PT” — evidenciando o PT?
Onde, como e quando, Bolsonaro tomou medidas que coloquem os indígenas em risco? Cade as provas da acusação?
Como contrariar a bancada evangélica? Se:
Em sua decisão o ministro só proibiu novas missões e não as já existentes;
Até o momento em que ele publicou a matéria, ninguém sabia da decisão, ou deu qualquer opinião, a não ser ele (Matheus Leitão), e o PT, já que a matéria foi publicada — atenção aqui — dia 23/09 às 19h06min, ou seja, um dia antes de publicada a decisão do ministro no site do STF, o que só aconteceu dia 24/09.
Ou seja, o PT entra com a ação — da qual já sabia o resultado devido a ADPF 790 — e assim que sai a decisão, paga ao blogueiro para fazer a matéria, criando uma narrativa provocativa, fazendo com que os apoiadores do Presidente fiquem revoltados e lancem ataques contra aos ministros do STF, mantendo as tenções e as guerras de narrativas!
Incita-nos a ira, para depois dizer que estamos “atacando as instituições”!
Temos que nos manter atentos como bons conservadores: ler, refletir e deixar a emoção de lado para evitarmos cair em narrativas e dar armas ao inimigo, parando de bancar nossa própria destruição!
Adilson Veiga
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