Justiça dá 48 horas para CBF explicar por que nenhum jogador da seleção brasileira usa a camisa 24
O Brasil é o único time que não tem um camisa 24 na competição, enquanto todas as outras seleções possuem. O número 24 é associado com “gays”.
No caso do time canarinho, a numeração pula do 23 (Ederson) para o 25 (Douglas Luiz).
A decisão judicial foi tomada pelo juiz Ricardo Cyfer, da 10ª Vara Cível do Rio de Janeiro, na última terça-feira (29), após o “Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT” entrar com um processo contra a CBF para que a entidade explique o caso.
Com isso, a Confederação terá que atender a liminar concedida e responder cinco questionamento feitos pelo grupo na petição do processo em até 48 horas. Caso não se posicione, a entidade receberá multas diárias de R$ 800.
“A luta da comunidade LGBTQIA+ pelo fim da discriminação contra seus membros, com o reconhecimento do seu direito a uma convivência plena na sociedade, é amplamente conhecida, tendo suas causas e seu desenvolvimento sido sobejamente detalhados na narrativa dos fatos na inicial desta ação. Da mesma forma, tem se mostrado cada vez com maior clareza o importante papel que a adoção de medidas afirmativas no âmbito das práticas esportivas exercem para o incremento dessa luta, com ênfase para aqueles esportes tradicionalmente considerados no universo masculino”, escreveu Cyfer.
“E, como no Brasil a popularidade do futebol, esporte que ainda se insere nessa tradição masculina, ainda não foi suplantada por outro, sobressai-se a importância da adoção dessas medidas no contexto das suas competições”, acrescentou.
Folha da República
Nenhum comentário:
Postar um comentário