Senado aprova MP da Eletrobras; veja a posição de senadores
Votação foi acirrada e placar terminou em 42 votos favoráveis e 37 contrários
Por 42 a 37, o Senado aprovou nesta quinta-feira, 17, a medida provisória que abre caminho para a privatização da Eletrobras, estatal de geração e transmissão de energia. A MP é uma das prioridades do governo Bolsonaro. O tema causou, principalmente pela inclusão de pontos diferentes do texto original, os chamados “jabutis”.
O relator, senador Marcos Rogério (DEM-RO), fez vários ajustes para viabilizar a aprovação do projeto. Com as mudanças, o texto voltará para uma segunda análise na Câmara dos Deputados e precisa ser aprovado até a próxima terça-feira, 22, ou perderá a validade. Leia abaixo a posição de alguns senadores durante a sessão:
FERNANDO BEZERRA (MDB-PE)
“Nós estaremos fazendo história, dando um passo importantíssimo para um novo Brasil, mais igual, mais justo e mais equilibrado”.
ALVARO DIAS (PODEMOS-PR)
“Não é um passo à frente esta privatização, é um retrocesso. Capitalizar a Eletrobras é fundamental, mas não com todos esses equívocos”.
MARCOS ROGÉRIO (DEM-RO)
“Todo o esforço feito foi para garantir a aprovação da medida provisória, com a capitalização da Eletrobras, devolvendo a ela o protagonismo no setor elétrico, a capacidade real de investimento para modernização do parque de geração e de transmissão, com foco, sobretudo, na modicidade tarifária, na redução do preço da energia”.
SIMONE TEBET (MDB-MS)
“Eu estava pronta para votar favorável à medida provisória original do governo. Já havia me pronunciado, inclusive perante a mídia. […] É lamentável o que eu tenho a dizer, porque eu já estou aqui declarando o meu voto contrário, alguém que sempre votou pela agenda liberal que tenho, favorável a medidas como essa”.
IZALCI LUCAS (PSDB-DF)
“Estou entre aqueles que defendem a redução do papel do Estado na economia, mas isso não pode ser feito de qualquer maneira. A população das diversas regiões do país não pode ficar a deus-dará. […] A MP, como está, deve aumentar as tarifas de energia, afetando principalmente as pessoas menos favorecidas”.
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