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sexta-feira, 18 de junho de 2021

ERA SÓ O QUE FALTAVA PARA O STF

Barroso diz que o voto impresso precisará ser “validado” pelo STF e não apenas aprovado pelo congresso


O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), voltou a criticar a possibilidade do Brasil implementar o ‘voto impresso’. Em entrevista à CNN Brasil, o magistrado deixou subentendido que a proposta, caso seja aprovado pelo Congresso, precisará passar pelo clivo do Supremo Tribunal Federal (STF), a qual ele é integrante.

“O custo estimado pelo Tribunal Superior Eleitoral é de R$ 2 bilhões para o acoplamento de impressoras nas 500 mil urnas [eletrônicas] que nós temos. Portanto, o custo é elevado, ele já foi todo detalhado, é um custo aberto, portanto, toda pessoa pode verificar. Você [jornalista] tem toda a razão de que a pouco mais de um ano das eleições, a gente começar um processo licitatório, e não é qualquer impressora de balcão, é uma impressora que tem que ser feita especialmente, tem que ter um canal de comunicação criptografado na urna. Portanto, nós vamos ter que abrir uma licitação, especificar o que precisamos, depois tem que fazer o projeto, fazer a licitação […]”, afirmou Barroso.

“Eu gosto de dizer que nós vivemos em um Estado de Direito e, portanto, se o Congresso decidir pelo voto impresso, o que eu espero e desejo que não aconteça, e o Supremo [Tribunal Federal] validar o voto impresso, eu, como presidente do TSE vou procurar cumprir a decisão. É assim que funciona a vida” — afirmou. “Mas tem muitas dificuldades” — continuou.

“[…] o risco e fraude aumenta muito aumenta muito com o voto impresso”, disse o ministro do STF sem apresentar evidências.

No dia 9 de junho, durante audiência na Câmara dos Deputados, Barroso deu a mesma declaração de que, ‘se o Congresso decidir e o STF validar, vai ter voto impresso’ nas eleições.

Folha da República

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