Com menor receita em três anos, Santa Cruz sofre com pandemia, mas não tem piora no endividamento
Além da divulgação do balanço, o orçamento de 2021 foi aprovado na reunião (Foto: Divulgação/Santa Cruz)
Em reunião do CD, valores foram divulgados nesta quinta-feira (29)
Na noite desta quinta-feira (29), o Santa Cruz apresentou os valores do balanço financeiro de 2020. Com os números revisados, embora tenha tido um aumento na dívida a curto prazo de R$ 3,2 milhões em relação à temporada 2019, o endividamento a longo prazo diminuiu em R$ 3,5 milhões. Com isso, o passivo total, a soma, teve uma redução de R$ 253.653. Os valores foram divulgados em reunião do Conselho Deliberativo, encabeçado pelo presidente Mário Godoy, e auditados pela Equity Auditoria & Consultoria.
Segundo os novos números publicados, o Santa Cruz teve uma queda de receita de R$ 7,8 milhões. Já o déficit do clube teve um aumento de R$ 3 milhões - cerca de 118% comparado ao de 2019. Naturalmente, os números são resultado direto da pandemia da Covid-19, onde, de acordo com o documento divulgado, os impactos do vírus foram sentidos nas receitas de bilheteria até investimentos em medidas de higiene para conter a disseminação da doença - no caso, o protocolo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Quanto aos valores arrecadados em bilheteria, em relação aos R$ 2,3 milhões de 2019, os números do ano passado diminuíram em 59%. Sem público durante a disputa da Série C do Campeonato Brasileiro, os valores de bilheteria foram de R$ 958 mil - os valores do Ingresso Virtual não contam. Ao avaliar as fontes da receita operacional, no entanto, fica claro que um dos setores mais importantes para o arrecadamento do clube é o Marketing & Comercial.
No caso, dos R$ 13,7 milhões da receita, 42% passam pelo setor. Em relação aos números de 2019, um aumento de quase 39%. Na reunião do CD, o ex-diretor de Marketing do Tricolor do Arruda, Guilherme Leite, explicou as atitudes tomadas para atenuar o rombo causado pela pandemia da Covid-19 aos cofres do clube. Apesar disso, outros setores levaram à redução considerável na receita coral. Entre eles, o pequeno arrecadamento em vendas de atletas: de R$ 1,7 milhões em 2019, passou para R$ 250 mil.
Quanto às despesas, houve uma diminuição de R$ 4,7 milhões em relação à temporada 2019. No ano em questão, o custo total das despesas operacionais foi de R$ 19,3 milhões. Por outro lado, em 2019, o valor foi de R$ 24 milhões - a maior diminuição aconteceu nas despesas gerais (aluguéis, viagens, estadias, taxas diversas, etc.). Apesar disso, o déficit do clube aumentou consideravelmente. Em 2020, o valor foi de R$ -5,6 milhões. Já no ano anterior, R$ -2,5 milhões.
A audição foi aprovada pelos Conselheiros.
Orçamento de 2021
Na reunião do Conselho Deliberativo do Santa Cruz, ainda houve a votação do orçamento para o ano de 2021. Repetindo que a situação do clube preza o equilíbrio financeiro, o presidente executivo Joaquim Bezerra apresentou os valores projetados para a temporada atual. Sem os prêmios da Copa do Brasil e do Nordestão, um dos pontos importantes do que foi traçado na reunião foi a aprovação orçamentária de um possível empréstimo de R$ 250 mil.
Conforme o Estatuto recém-aprovado, os Conselheiros aptos à votação aprovaram o orçamento em ampla maioria: 97% favoráveis diante de 3%.
Passivo circulante (dívida de curto prazo)
2019 - R$ 31.197.393
2020 - R$ 34.468.147
Aumento de R$ 3.270.754
Passivo não circulante (longo prazo)
2019 - R$ 187.806.269
2020 - R$ 184.281.862
Diminuição de R$ 3.524.407
Passivo total (soma dos passivos)
2019 - R$ 218.749.755
2020 - R$ 218.750.009
Diminuição de 253.653
Receita
2019 - R$ 21.594.461
2020 - R$ 13.753.051
Bilheteria
2019 - R$ 2.358.214
2020 - R$ 958.459
Diminuição R$ 1.399.755
Déficit do exercício
2019 - -2.573.353
2020 - -5.625.020
DP
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