Lockdown desastroso provoca caos em Afogados
Como até os bancos foram obrigados a fechar, o que se viu, hoje, foram filas quilométricas, tanto em frente às repartições bancárias quanto nas lotéricas. Em seguidos momentos de aglomerações, um senhor de idade chegou a passar mal e até uma unidade do Corpo de Bombeiros foi acionada. Homens, mulheres e até crianças começaram a se aglomerar do lado de fora do banco logo cedo. “Teve gente que chegou na fila às cinco da manhã”, relata uma fonte do blog, que enviou as imagens dos problemas gerados pelo lockdown na cidade.
O que é sabido é que lockdown é uma medida extrema, que requer no mínimo uma paralisação de 14 dias, tempo do recolhimento para suspeitos da covid-19. Mas o Ministério Público de Afogados, de forma açodada, estimulada pelo presidente da Amupe, José Patriota, fez a cabeça do governador para a decretação de um lockdown do lockdown, já que o Estado estava sob uma chamada quarentena pelo Governo. Comerciantes, industriais e todos os setores produtivos do Sertão do Pajeú manifestaram discordância, mas o governador bancou a irresponsabilidade.
Revoltados, os comerciantes fecharam seus estabelecimentos com uma tarja nas portas, informando que suas lojas, abertas, geraram tantos empregos, mas, fechadas, estavam obrigadas a demitir. Voz contrária ao MP e à Amupe, a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), representante do principal município da região, tanto em população quanto na economia, não aderiu e ganhou o apoio do promotor público do município.
Para desespero do MP de Afogados da Ingazeira, mesmo sem aderir ao lockdown, mas com medidas acertadas e mantendo a eterna vigilância, Serra Talhada acabou tendo, nos últimos dias, o maior percentual de isolamento social, sem, contudo, afetar o comércio e a indústria, que funcionaram normalmente. O engraçado disso tudo é, diante de tamanho absurdo, repudiado pelo PIB da região em manifestações e carreatas, contar com o apoio irrestrito do governador.
por Magno Martins
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