Oposição protocola pedido de impeachment de Bolsonaro
O pedido aponta a prática de crimes de responsabilidade relacionados às demissões de Fernando Azevedo, do Ministério da Defesa, e dos três comandantes das Forças Armadas.
O documento é assinado pelos seguintes parlamentares:
- Randolfe Rodrigues, senador (REDE/AP);
- Jean Paul Prates, senador (PT/RN);
- Alessandro Molon, deputado (PSB/RJ);
- Marcelo Freixo, deputado (PSOL/RJ);
- Arlindo Chignalia, deputado (PT/SP).
Cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidir se aceita ou não um pedido de impeachment.
Argumentos
Os parlamentares apontam que Jair Bolsonaro infringiu sete normas previstas na lei que define os crimes de responsabilidade, como atentar contra o livre exercício do poder Judiciário, Legislativo e dos Estados; tentar subverter por meios violentos a ordem política e social; incitar militares à desobediência; e provocar animosidade entre as classes armadas.
Segundo o pedido, ao promover a troca no comando do Ministério da Defesa e de todas as Forças Armadas, o "Presidente da República parece pretender se utilizar das autoridades sob sua supervisão imediata para, literalmente, praticar abuso do poder, ou tolerar que essas autoridades o pratiquem sem repressão sua".
O documento também destaca que a troca do comando do Ministério da Defesa e em todos os comandos das Forças Armadas pode incitar militares à desobediência.
"Trata-se do fenômeno de tentativa de cooptação dos quartéis, incitando uma espécie de revolta natural de militares com o status quo, para que almejem à mudança e à ruptura da condução dos rumos da história", diz o pedido.
por Magno Martins
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