Em pior temporada desde 2017, Pipico vive má fase no Santa Cruz
Atacante de 35 anos se mantém no time titular, sustentando por idolatria e boa média com a camisa coral
O momento de Pipico está longe do seu melhor pelo Santa Cruz. Centroavante titular e artilheiro do time há mais de dois anos, o experiente atacante virou xodó da torcida rapidamente, mas não vem caindo nas graças dos tricolores em um recorte recente. Sem balançar as redes desde 31 de outubro, o jogador foi um dos nomes mais criticados pela torcida coral após o empate com o Ituano, no domingo.
Nesta temporada, Pipico tem 11 gols marcados pelo Santa. A questão é que sete foram anotados nas primeiras 13 partidas de 2020, fazendo com que ele tenha apenas quatro gols nos últimos 18 jogos. Se isolarmos esse recorte recente, essa média, sozinha, seria a terceira pior temporada da carreira do centroavante de 35 anos.
Além da ausência de gols, Pipico também vem sendo alvo pela sua participação em campo, por vezes considerada isolada. Contra o Ituano, uma oportunidade que o centroavante não conseguiu converter em finalização foi motivo para uma enxurrada de críticas e pareceu ser uma espécie de gota d’água para o ídolo, que foi substituído no intervalo do jogo.
Com a concorrência de Victor Rangel e Caio Mancha, que tem números melhores que Pipico no recorte recente de jogos do Santa Cruz, a certeza de ter o ídolo nos dois jogos finais da segunda fase da Série C já começa a cair por terra, com sua posição podendo se tornar uma incógnita para os jogos contra o Vila Nova e o Brusque, assim como já é a lateral esquerda do Santa, que não se encontrou com Leonan ou Perí.
A favor do jogador, porém, ainda pesam as boas médias de gol apresentadas nas outras temporadas com a camisa coral. Com capacidade de decisão já provada, Pipico vem sendo um termômetro do futebol do Santa. Antes dessa sequência ruim, a média do centroavante era bastante elevada, com 0,55 gols por jogo.
Esse número supera a média de outros centroavantes que foram decisivos para o Santa nos últimos anos como André Dias em 2013 (0,53), Thiago Cunha em 2011 (0,5), Grafite entre 2015 e 2016 (0,44) e Bruno Moraes entre 2015 e 2016 (0,34). Os únicos artilheiros desta década que superam essa média que Pipico ostentava são Léo Gamalho e Dênis Marques, ambos com 0,56 gols por jogo.
DP
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