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segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

NÁUTICO - RETROSPECTO ALVIRRUBRO

Retrospectiva: com início ainda em 2019, relembre como foi temporada atual do Náutico

A temporada de 2020 começou para o Náutico em dezembro de 2019 (Foto: Caio Falcão/CNC)



Clube alvirrubro foi primeiro a ter retrospectiva anual publicada pelo Esportes DP


Não há dúvidas de que 2020 foi um ano marcado por incertezas. Historicamente, será um ciclo que terá como sua maior marca o flagelo do planeta pela pandemia do novo coronavírus. Esporte mais popular do planeta, o futebol não esteve alheio a essa grande crise, que, para o Náutico, acabou transformando um ano que era de muita confiança e expectativa, após o título da Série C, em decepção e temor na possibilidade de um novo rebaixamento à Terceira Divisão. O Timbu será o primeiro time do Trio de Ferro a ter sua retrospectiva anual contada pela reportagem do Esportes DP; em sequência, ainda nesta semana, as lembranças de Sport e Santa Cruz estarão disponíveis.

 O ano começou para o Náutico em dezembro de 2019. Após ter vencido a final diante do Sampaio Corrêa, no começo de outubro, o Timbu apostou na manutenção do elenco campeão nacional, além do repatriamento de grandes nomes do clube na década como Ronaldo Alves, Kieza e Erick, mas as graves lesões ocorridas até março, como de Álvaro, Matheus Carvalho e Ronaldo Alves, frustraram a expectativa de um início de ano vencedor.  

Tudo corria bem no futebol brasileiro até a segunda quinzena de março, quando por causa da chegada da pandemia do coronavírus ao país, várias restrições de circulação e mudanças de hábito se fizeram necessárias, entre elas, a paralisação do futebol. Para o Náutico, foram mais de quatro meses sem entrar em campo. O período foi marcado pelas dificuldades financeiras, que com muita criatividade, foram superadas pela diretoria, completando mais um ano sem grandes atrasos salariais. 

As mudanças no comando técnico

A volta do Náutico no pós-pandemia foi muito aquém do esperado pelos seus torcedores, que mesmo sem poder ir aos Aflitos apoiar o time, condição imposta a todos os clubes para o retorno das atividades, pressionaram bastante o trabalho de Gilmar Dal Pozzo em busca de resultados. Assim, em pouco menos de um mês e com seis jogos disputados na volta, o Náutico foi eliminado com goleada da Copa do Nordeste, pelo Bahia, caiu nas semifinais do Estadual diante do Santa Cruz e não venceu nas primeiras partidas da Série B. Após mais de um ano de trabalho do treinador, chegou a hora de mudar. 

E a mudança foi rápida. Após a demissão de Dal Pozzo, que gerou polêmica devido à alta multa rescisória e a sua posterior disputa judicial, o Náutico foi buscar Gilson Kleina, campeão da Série B pelo Palmeiras, para colocar a equipe nos eixos da disputa pelo acesso. 

Com um início promissor, com três vitórias nos cinco primeiros jogos, o trabalho de Kleina deu indícios que subiria o Náutico de patamar na competição, mas após a suspensão do jogo diante do Sampaio Corrêa, o Timbu entrou um vórtice negativo, que levou o aproveitamento a vencer apenas uma vez, contra o lanterna Oeste, nos treze jogos seguintes. 

O ressurgimento com um antigo rival

O escolhido para assumir o Náutico após a saída de Gilson Kleina foi um velho conhecido. Com duas passagens anteriores no Timbu, Hélio dos Anjos foi o comandante do Paysandu na Série C do ano passado, que disputou diretamente a vaga na Segundona com o Náutico, em disputa de pênaltis, depois de estar virtualmente classificado até os 48 minutos do segundo tempo. 
 
Apesar de um começo não muito animador, com três jogos sem vencer, o treinador conseguiu dar uma cara mais aguerrida ao time e voltar a dominar os Aflitos, que passou longe de ser o bom e velho caldeirão, conhecido por dar ao Náutico as grandes vitórias em campanhas históricas como a Série B de 2011, a Série A de 2012 e a campanha campeão do ano passado. Assim, o Timbu conseguiu alcançar a marca de seis jogos invicto, inédita no ano, no final do ano, algo que possibilitou a arrancada para vislumbrar a saída da zona de degola. 

O Náutico em números

52 jogos
17 vitórias
18 empates
17 derrotas
57 gols marcados
59 gols sofridos
44,2% de aproveitamento

Principal artilheiro: Jean Carlos (12 gols)
Principal garçom: Jean Carlos (8 assistências)
Quem mais jogou: Erick (44 jogos)
Mais cartões amarelos: Rhaldney (12)
Mais expulsões: Gilmar Dal Pozzo (2)

DP

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