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terça-feira, 3 de novembro de 2020

ELEIÇÕES NO RECIFE

 Rejeição de delegada dispara e só perde para João













Na nova rodada de pesquisa do Instituto Opinião, um fato novo vem à tona: disparou a rejeição da delegada Patrícia Domingos, candidata do Podemos, que chamou a capital pernambucana de “Recifilis” e disse que seu povo é feio. Entre os que disseram que não votariam nela de jeito nenhum subiram dez pontos, de 2,1% para 11,8%. Nesse quesito, só perde para o candidato do PSB, João Campos. Entre os que disseram que não votariam no socialista de jeito nenhum estão 21,3% (na sondagem anterior eram 24,4%).

Quanto aos números de intenção de voto, João Campos cresceu sete pontos percentuais em relação ao levantamento de 9 de outubro. Passou de 20,1% para 27,5% e se mantém na liderança em relação aos demais candidatos. Em segundo lugar, a petista Marília Arraes oscilou positivamente menos de um ponto, indo de 17,3% para 17,8%, mantendo-se no segundo lugar e distanciando-se da delegada Patrícia Domingos e Mendonça Filho, do DEM, que aparecem empatados.

Patrícia saiu de 12,3% para 12,5% e Mendonça caiu de 14,6% para 12,4%. Os candidatos considerados não competitivos se mantiveram praticamente na mesma posição. Alberto Feitosa, do PSC, saiu de 1,3% para 2,1%; Marco Aurélio de 1,4% para 1,6%; Carlos Siqueira, do PSL, que estava com 0,3%, agora tem 0,6%. Cláudia Ribeiro, do PSTU, tinha 0,9% e agora pontuou 0,4%; Thiago Santos, da UP, tinha 0,3% e permanece no mesmo patamar, enquanto Charbel, do Novo, que tinha 0,4%, agora pontua 0,3%. Victor Assis, do PCO, que não havia pontuado, tem 0,1%. Brancos e nulos, que eram 14,8%, agora representam 12,9%. Já os indecisos caíram de 16,3% para 11,5%.

Na sondagem espontânea, em que o entrevistado é forçado a lembrar o nome do postulante sem o auxílio da lista com os nomes de todos os candidatos, João cresceu 14 pontos, saindo de 11,1% para 24,9%, enquanto Marília cresceu quase cinco pontos, indo de 9% para 13,6%. Mendonça também cresceu de 6,5% para 10,6%, ultrapassando a delegada Patrícia Domingos, que foi de 3,4% para 7,5%. Os demais candidatos foram mencionados abaixo de 1%. Neste cenário, o número de indecisos cai em relação ao levantamento anterior, de 54,7% para 28,3%. Entre os que disseram que votam e branco ou anulam são 13,1%.

No quesito rejeição, João Campos se mantém na dianteira. Na anterior, 24,4% disseram que não votariam nele de jeito nenhum. Agora, esse percentual foi reduzido para 21,3%. A surpresa em rejeição é o segundo lugar, antes de Mendonça Filho, agora ocupado por Patrícia. Entre os que afirmaram que não votariam nela de jeito subiram de 2,1% para 11,8%, superior a Mendonça, que vem em seguida com 11,5%. Dos candidatos que estão na briga pra valer, Marília é a menos rejeitada: 8,3%, mas com crescimento. Antes eram apenas 4,6% que disseram que não votariam nela de jeito nenhum.

O levantamento foi a campo nos dias 31 de outubro e 1 de novembro, sendo aplicados 800 questionários. O intervalo de confiança estimado é de 95,0% e a margem de erro máxima estimada é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. A modalidade de pesquisa adotada envolveu a técnica de Survey, que consiste na aplicação de questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa do universo de investigação. O protocolo de registro é o de número PE-04489/2020.

Estratificando a pesquisa, João tem suas melhores taxas de indicações de voto entre os eleitores com grau de instrução até o 9º ano (39%), entre os eleitores com renda família até dois salários mínimos (35,2%) e entre os eleitores jovens, na faixa etária de 16 a 24 anos (30,3%). Por sexo, entre os entrevistados, 31,6% são mulheres e 22,4% são homens.

Já Marília Arraes pontua melhor entre os eleitores com grau de instrução superior (22%), entre os eleitores jovens (20,2%) e entre os eleitores com renda familiar acima de cinco salários (19%). Por sexo, entre os que se manifestaram por ela, 19,4% são mulheres e 15,7% são homens. A delegada tem melhores pontuações entre os eleitores na faixa etária de 35 a 44 anos (15,9%), entre os eleitores com renda superior a cinco salários (14,9%) e entre os eleitores com grau de instrução superior (14,4%). Entre os que já decidiram votar nela, 15,1% são homens e 10,4% são mulheres.

Mendonça Filho, por fim, pontua melhor entre os eleitores com renda superior a cinco salários (19%), entre os eleitores com grau de instrução superior (19,1%) e entre os eleitores na faixa etária entre 35 a 44 anos (13,5%). Por sexo, entre os eleitores que já se decidiram votar no democrata, 14,8% são homens e 10,4% são mulheres.

SEGUNDO TURNO

Na pesquisa anterior, projetando-se o segundo turno, Marília Arraes, embora tenha sido ultrapassada por João, batia todos os adversários. Nesta, quem lidera todos os cenários da disputa final é o candidato do PSB. Frente a Marília, João teria 37% dos votos contra 31,1% da petista. Brancos e nulos seriam 27% e indecisos 4,9%.

No embate com Mendonça Filho, a vantagem do socialista seria bem maior. João aparece com 42% ante 32,6% de Mendonça. Brancos e nulos somariam 20,5% e indecisos 4,9%. Frente à delegada Patrícia, João também seria eleito com 45,1% dos votos contra 29,6%. Brancos e nulos seriam 20,9% e indecisos 4,4%.

No caso de João não ir ao segundo turno, Marília derrotaria Mendonça com 41,4% ante 31,6%. Brancos e nulos somariam 21,5% e indecisos 5,5%. No enfrentamento de Marília com a delegada, a petista ganharia com folga. Teria 42,9% dos votos ante 29,3%. Brancos e nulos seriam 22,5% e indecisos 5,3%. Já Mendonça frente à delegada, o democrata levaria vantagem: 36,9% a 30%. Brancos e nulos seriam 27% e indecisos 6,1%.


por Magno Martins 

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