Twitter é a rede social mais influente nas eleições municipais deste ano
Ao contrário do que ocorreu em 2018, quando o Whatsapp foi a rede social preferida dos candidatos, nas eleições municipais deste ano, a rede que está brilhando é o Twitter. É o que avalia a pesquisadora da ESPM Rio, Adriane Buarque de Holanda. “O primeiro debate das eleições municipais se estende no Twitter”, diz Adriane. “O duelo entre os candidatos continuou na rede.”
A Inteligência Artificial tem sido cada vez mais usada pelos estrategistas políticos, que buscam os algoritmos para definir o público-alvo e o melhor direcionamento das campanhas. Para Adriane, o algoritmo influencia as redes sociais de duas formas: ajudando a entender o debate político, ao mesmo tempo em que polariza as opiniões. A pesquisadora cita a rede de ódio que surgiu na última eleição para presidente nos Estados Unidos, entre Donald Trump e Joe Biden. Por conta disso, Facebook, Google e Twitter foram duramente criticados e questionados por senadores no Congresso dos Estados Unidos por abuso de poder e ausência de parcialidade.
Consideradas veículos de mídia, as plataformas começam a se responsabilizar em relação às chamadas fake news, ou notícias falsas. “Nas eleições de 2018, mapeamos os algoritmos para ver como os robôs foram usados e houve grande disparo de fake news e de deepfakes”, diz Adriane. “Nas época, as plataformas não tinham como bloquear essas notícias falsas. Mas hoje isso é possível.”
Outra estratégia usada nesta eleição municipal é o uso de lives dos candidatos ou de lives promovidas por influenciadores para dar apoio aos candidatos. A live de Felipe Neto e Guilherme Boulos, candidato à prefeitura de São Paulo, jogando o game Among Us, teve mais de 500 000 visualizações no YouTube.
Já o Tik Tok, aplicativo muito utilizado entre o público jovem, foi pouco explorado pelos candidatos e houve mais vídeos de posicionamento político vindo dos usuários. “Os estrategistas evitam redes que não têm a ver com o candidato”, diz Adriane. “O Twitter fala com mais gente e por isso foi a rede preferida.”
Adriane também destaca as plataformas de crowfounding para financiamento das campanhas. “Foram interessantes para igualar o jogo político de pequenos partidos, em que a verba é reduzida.”
Sobre a ESPM
A ESPM é uma escola de negócios inovadora, referência brasileira no ensino superior nas áreas de Comunicação, Marketing, Consumo, Administração e Economia Criativa. Seus 12 600 alunos dos cursos de graduação e de pós-graduação e mais de 1 100 funcionários estão distribuídos em oito campi – quatro em São Paulo, dois no Rio de Janeiro, um em Porto Alegre e um em Florianópolis. O lifelong learning, aprendizagem ao longo da vida profissional, o ensino de excelência e o foco no mercado são as bases da ESPM.
Fonte: Assessoria
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